Desde as primeiras horas desta quarta-feira (27), a Itatiaia acompanha um transplante de rim, fruto de doação entre primas, na Santa Casa de Belo Horizonte. Amanda de Almeida, de 32 anos, descobriu uma doença renal congênita em 2019 e, agora, recebeu um rim saudável da prima, a massoterapeuta Marinez de Almeida.
O médico Felipe Câmara, que é urologista da equipe de transplantes do hospital, deu mais detalhes sobre o resultado da cirurgia que terminou por volta das 16h. “Deu tudo certo. Foram as três horas previstas de procedimento. O rim da Marinez foi implantado com sucesso e, nessa situação em que a doadora está ainda viva e que o rim vem saudável, nós já conseguimos ver a função dele nos primeiros minutos após o transplante. Ao fim da cirurgia ele já estava produzindo bastante urina, o que é muito bom para a Amanda”, explicou o médico.
Entenda a história do transplante entre primas
Amanda descobriu uma doença renal congênita em 2019 e, quando foi fazer mais exames para se preparar para entrar na lista de transplantes, descobriu que tinha uma chance muito alta de rejeitar o órgão vindo de outra pessoa. Foi então que a prima Marinez resolveu testar a compatibilidade para saber se poderia ser a doadora do órgão. A surpresa veio quando elas descobriram uma altíssima taxa, comparável à que existe entre pais e filhos.
Desde a descoberta, em 2019, se passaram quatro anos até a realização do transplante. Nesta quarta-feira (27), a história teve desfecho com a realização da cirurgia na Santa Casa de Belo Horizonte. Segundo o urologista Felipe Câmara, a expectativa é que Amanda já não precise mais de realizar tratamentos renais.
“A gente já espera que de hoje para amanhã ela não tenha mais a necessidade de fazer nenhum tratamento para doença renal. Nós esperamos que agora a Amanda possa ter uma vida mais normal, sem essa necessidade de ficar presa às máquinas de hemodiálise e afins”, explicou o médico. Amanda deve ficar mais alguns dias internada até voltar para casa, em Goiânia. Para Marinez, que foi quem doou o órgão, a recuperação é ainda mais rápida, já que o procedimento foi pouco invasivo.