O policial militar da reserva
Segundo a PC, um procedimento investigativo foi instaurado para apuração do crime de importunação sexual. O caso deve ficar com a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Betim. Ainda conforme a corporação, outras informações serão divulgadas em momento oportuno.
O caso
O policial militar aposentado é suspeito de importunar sexualmente alunas da turma do 5º ano, com idades entre 10 e 11 anos, da Escola Municipal Olímpia Maria da Glória, em Betim.
O suspeito não é professor, porém foi até o local aplicar uma prova do Sistema Mineiro de Avaliação e Equidade da Educação Pública (Simave), avaliação obrigatória para alguns alunos do ensino público.
Durante a aplicação da prova, no turno da manhã, quatro alunas reclamaram do comportamento do homem.
As meninas afirmaram para seus pais e funcionários da escola que o policial aposentado passou a mão nas partes íntimas por cima da calça diversas vezes. Além disso, alegaram que ele se aproximava muito das meninas, chegando a encostar em uma delas, e que também olhava para elas de forma “maliciosa”, deixando-as desconfortáveis.
O homem teria, ainda, utilizado expressões de teor obsceno ao chamá-las.
Recebidas as denúncias, a diretora da unidade de ensino acionou a Guarda Municipal e a Polícia Militar.
Suspeito nega acusações
Questionado, o suspeito negou as acusações, alegando ter saído de sua mesa somente para colher as assinaturas dos alunos.
Além disso, afirmou estar usando uma cinta cirúrgica por baixo das roupas, necessária após realizar algumas cirurgias, e pelo desconforto causado pela peça, pode ter tido que ajustá-la durante a aplicação da prova, o que, segundo ele, pode ter sido mal interpretado pelas alunas.
As estudantes, acompanhadas de seus responsáveis, bem como o aplicador, foram conduzidos ao 66º Batalhão da Polícia Militar, onde foi registrado o Boletim de Ocorrência. Em seguida, todos foram encaminhados à 4ª Delegacia de Polícia Civil de Betim, para os devidos encaminhamentos legais. A direção da escola acompanhou todo o procedimento.
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Prefeitura afirmou estar prestando apoio às alunas
A Prefeitura Municipal de Betim informou que a Secretaria Municipal da Educação enviou à unidade uma equipe da Assessoria Pedagógica, que prestou suporte imediato às alunas e às famílias.
Também foi agendado para a próxima semana o atendimento das estudantes por uma assistente social do município, visando o acompanhamento e a adoção das medidas necessárias.
Leia a nota da prefeitura na íntegra:
“Na manhã desta quarta-feira (19), quatro alunas, de 10 e 11 anos, da Escola Municipal Olímpia Maria da Glória, localizada no bairro Jardim das Alterosas - 2ª Seção, relataram à direção da unidade que o aplicador da prova do Sistema Mineiro de Avaliação, um militar de 55 anos, teria adotado conduta inadequada durante a aplicação do exame.
De acordo com as estudantes, o aplicador teria encostado nelas de forma imprópria e utilizado expressões de teor obsceno ao chamá-las. A direção da escola, ao tomar conhecimento da ocorrência, acionou imediatamente a Guarda Municipal, que solicitou o apoio da Polícia Militar, uma vez que o envolvido é integrante da corporação.
O servidor negou as acusações, afirmando ter mantido apenas contato funcional com os alunos durante a conferência da lista de chamada e a coleta de assinaturas.
As estudantes, acompanhadas de seus responsáveis, bem como o aplicador, foram conduzidos ao 66º Batalhão da Polícia Militar, onde foi registrado o Boletim de Ocorrência. Em seguida, todos foram encaminhados à 4ª Delegacia de Polícia Civil de Betim, para os devidos encaminhamentos legais. A direção da escola acompanhou todo o procedimento.
A Secretaria Municipal da Educação enviou à unidade uma equipe da Assessoria Pedagógica, que prestou suporte imediato às alunas e às famílias. Além disso, foi agendado para a próxima semana o atendimento das estudantes por uma assistente social do município, visando o acompanhamento e a adoção das medidas necessárias.
A Prefeitura de Betim reitera seu compromisso com a integridade física, emocional e moral de todos os estudantes da rede municipal e seguirá colaborando com as autoridades competentes para o completo esclarecimento dos fatos.”
O que fazer para denunciar abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes?
Quando há suspeita de violência sexual, é importante acionar uma das instituições que atuam na investigação, diagnóstico, enfrentamento e atendimento à vítima e suas famílias: Conselhos Tutelares, Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude (PJDIJ), 1ª Vara da Infância e da Juventude (1ª VIJ), Disque 100 ou 156.
- Disque denúncia nacional de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes - Disque 100