A diarreia é uma doença viral que pode levar a desidratação severa e complicar a saúde, principalmente em crianças e idosos. Belo Horizonte registrou, neste ano, 269 casos, 25 deles somente em agosto. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, foram mais de 500 mil casos em toda Minas no ano passado.
O médico infectologista Cristiano Galvão explica que a principal forma de transmissão é o contato de mãos que carregam partículas virais.
“Se a gente pensar em vírus e bactérias como causadores da diarreia, os vírus tem uma importância muito maior, principalmente o rotavírus, que teve uma diminuição nos últimos anos com a vacina monovalente”, explica.
De acordo com o profissional da saúde, idosos, pacientes imunossuprimidos ou que fazem quimioterapia e principalmente crianças menores de 5 anos de idade podem sofrer mais com a condição, com chances de evoluir rapidamente para um quadro grave de desidratação, precisando até de internação.
A diarreia não possui remédio. De acordo com o médico, o melhor tratamento é o cuidado com a hidratação do paciente. Além disso, ele reforça a necessidade dos cuidados com a higiene, que é tida como um caminho certeiro para prevenção.
“Chamamos de tratamento suportivo, não existe medicamento ou antibiótico, a gente vai focar apenas em manter a pessoa hidratada, com reposição oral de líquido ou soro caseiro, e observar se vai ocorrer vômito, que também é um sintoma comum. Os pais também devem orientar as crianças a higienização correta após uso do banheiro, antes da manipulação de alimento, consumir apenas água filtrada”, completa.
A recomendação é que crianças com diarreia não frequentem escolas e creches por se tratar de um vírus de alta disseminação, o ideal é aguardar a melhora dos sintomas. A orientação é de manter o calendário vacinal em dia.