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7 de Setembro: confira sete locais em BH que relembram a Independência do Brasil

Praça Sete e Arena Independência são só alguns exemplos de como a capital mineira homenageou os personagens principais da Proclamação da Independência, em 1822

BH tem várias referências ao 7 de setembro espalhadas por suas ruas e avenidas

O Brasil comemora, nesta quinta-feira (7), o 201° aniversário da Proclamação da Independência. Naquele 7 de setembro de 1822, a sede da então “Província das Minas Gerais” era Ouro Preto, e Belo Horizonte só seria inaugurada 75 anos depois, em 1897.

Mesmo tendo surgido bem depois do “grito do Ipiranga”, a capital mineira conta com várias homenagens ao 7 de setembro e os personagens importantes da independência em suas ruas e avenidas. Confira agora sete locais de Belo Horizonte que relembram a Independência do Brasil.

Praça Sete

Localizada no “centrão” de Belo Horizonte, a Praça Sete de Setembro ganhou esse em 1922, no Centenário da Independência. Até então, o local se chama Praça 14 de Outubro, em homenagem ao dia da fundação da Comissão de Estudos das Localidades Indicadas para a Nova Capital, criada em 1891. A Praça Sete é talvez o ponto de encontro mais famoso da capital mineira, palco de protestos, manifestações culturais e comemorações históricas. Torcedores de Atlético e Cruzeiro lotam a praça após seus títulos e até os jogadores da Seleção Brasileira desfilaram com a taça do tricampeonato mundial em 1970.

Bairro Independência

O bairro Independência fica em uma área afastada do Barreiro e também é conhecido como Vila Cruz de Malta ou Vila Independência. Até o início da década de 1970, a área era considerada rural. Os primeiros loteamentos surgiram neste período. O bairro é considerado acesso para Ibirité e conta com um campo de futebol que também se chama Independência.

Arena Independência

Oficialmente, o estádio se chama Raimundo Sampaio, mas acabou ficando amplamente conhecido como Independência já que o seu primeiro dono era o Sete de Setembro Futebol Clube. Inclusive o nome oficial do estádio homenageia um ex-presidente do Sete de Setembro. A arena foi palco da Copa do Mundo de 1950 e recebeu o show da banda Jacksons 5 em 1974.

Avenida Dom Pedro I

Uma das vias mais importantes da região Norte de Belo Horizonte, a Avenida Dom Pedro I ganhou esse nome em 1972, em homenagem aos 150 da Independência do Brasil. Até então, a via se chamava Avenida Nossa Senhora da Piedade e era conhecida como “Estrada para Venda Nova”. Ela foi duplicada pela primeira vez na década de 1970 e passou por várias reformulações nos últimos 30 anos, para acompanhar o crescimento da cidade e da Grande BH, além de facilitar o acesso ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte.

Rua Leopoldina

A rua de poucos quarteirões no bairro Santo Antônio é tranquila, apesar de ficar em uma região movimentada, perto das avenidas do Contorno, Prudente de Morais e Nossa Senhora do Carmo. O nome da rua é uma referência à Dona Leopoldina, primeira esposa de Dom Pedro I e uma figura importante do processo de independência do Brasil. Dias antes do “grito do Ipiranga”, Leopoldina presidiu uma reunião do Conselho de Ministro e escreveu uma carta ao marido, pedindo para que ele proclamasse a independência do país. A carta chegou a Pedro no dia 7 de setembro de 1822.

Rua José Bonifácio

Na região entre os bairros São Pedro e Santa Rita de Cássia, a poucos quilômetros da Rua Leopoldina, fica a Rua José Bonifácio. O beco sinuoso e estreito homenageia José Bonifácio de Andrada e Silva, o patriarca e patrono da Independência do Brasil, que acabou sendo tutor de Dom Pedro II anos depois. Outras duas ruas da capital mineira trazem o mesmo nome, uma na Pedreira Prado Lopes e outra no Jardim dos Comerciários.

Avenida Dom João VI

Por fim, temos a Avenida Dom João VI, que corta o bairro Palmeiras, ligando a Avenida Teresa Cristina ao Buritis. O nome é referência a João VI, que foi Rei de Portugal e Algarves até a Proclamação da Independência e, tecnicamente, Imperador do Brasil durante alguns meses entre 1825 e 1826. Regente por conta do adoecimento da mãe, a Rainha Maria I, Dom João VI foi o responsável por trazer a Corte Portuguesa para o Brasil, fugindo de Napoleão Bonaparte. O processo fez o Brasil passar por uma “revolução” que culminou com sua independência.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.