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Projeto para demolir parte do Conjunto Sulacap-Sulamérica, em BH, dá primeiros passos

Anexo do edifício que fica na avenida Afonso Pena será derrubado, restaurando praça e vista para o Viaduto Santa Tereza; projeto terá dispensa de licitação

Conjunto fica na avenida Afonso Pena, perto do Viaduto Santa Tereza

A Prefeitura de Belo Horizonte publicou, nesta segunda-feira (7), o primeiro edital envolvendo a demolição do edifício Novo Sulamérica, construção anexa ao Conjunto Sulacap-Sulamérica, que fica na avenida Afonso Pena, no Centro de Belo Horizonte.

O edital publicado hoje tem o objetivo de escolher a melhor proposta para a contratação de uma empresa que vai elaborar o projeto para a demolição da estrutura, que fica na parte frontal do conjunto. De acordo com a PBH, a empresa escolhida deve ser especializada, será contratada com dispensa de licitação e com valor máximo de R$ 114.020,31. O critério de escolha será o menor preço.

O projeto deve usar processos, tecnologias e metodologias específicas e deve ser concluído em 90 dias a partir da assinatura da primeira ordem de serviço. O contrato vai ser supervisionado pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).

As propostas devem ser enviadas até o dia 16 de agosto, somente pela internet. Para ver o edital e mais detalhes, acesse a página de Licitações e Editais da Prefeitura de Belo Horizonte.

Por que vão demolir parte do Sulacap-Sulamérica?

Em março, a Prefeitura de Belo Horizonte publicou um decreto para garantir a preservação integral do Conjunto Sulacap-Sulamérica e a restituição da Praça da Independência”. A PBH explica que o projeto original do Conjunto Sulacap-Sulamérica, datado da década de 1930, previa apenas os dois edifícios cubistas (maiores) junto com outros dois edifícios menores. Entre eles, a Praça da Independência, com uma vista privilegiada do Viaduto Santa Tereza e da avenida Assis Chateaubriand para quem passava pela Afonso Pena.

Na década de 1970, foi construído um anexo ligando os dois edifícios menores. Com isso, a praça passou a ficar “fechada” dentro do prédio, protegido por grades, e a vista para o viaduto ficou limitada. A prefeitura argumenta que o anexo “lesionou a arquitetura e o urbanismo histórico do local”.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.