Justiça holandesa prorroga prisão de mineiro suspeito de homicídio

O mineiro Begoleã Fernandes, de 26 anos, suspeito de matar Alan Lopes, de 21 anos, a facadas, teve a prisão prorrogada pela Justiça da Holanda por mais 90 dias. A determinação foi feita durante audiência pública realizada nesta quinta (22).

O jovem tentava embarcar em um voo para Belo Horizonte em fevereiro mas, ao apresentar passaporte italiano, levantou suspeitas das autoridades. Os policiais descobriram que o documento era falso e que o brasileiro tinha um mandado de prisão emitido pela justiça holandesa. Na mala, havia pedaços de carne. A Justiça holandesa confirmou, nesta quinta (22), que a carne era de origem bovina.

Em depoimento aos policiais, o mineiro afirmou que a vítima do homicídio é um homem que trabalhava em Amsterdam e havia oferecido abrigo para ele. Entretanto, ao cobrar uma dívida, os dois homens começaram a discutir e Fernandes o matou.

Legítima defesa

O suspeito alegou que a vítima, Alan Lopes, de 21 anos, era canibal e o teria convidado para comer carne humana em sua casa. Begoleã afirma que teria cometido o crime em legítima defesa.

Entretanto, a polícia da Holanda confirmou que não havia carne humana no apartamento de Alan Lopes, brasileiro assassinado no último dia 26 de fevereiro na Holanda.

A informação foi divulgada pela família de Alan, pelas redes sociais. “Mais uma mentira que o assassino do meu irmão contou foi desmascarada. Ele afirmou que pegou carne humana na nossa geladeira. A perícia nos informou que todas as carnes foram analisadas e são de origem animal”, escreveu a irmã da vítima, Kamila Lopes.