Os Servidores de Saúde do Estado de Minas Gerais terão, na manhã desta terça (13), mais um encontro para suspender a greve que dura deste a última segunda-feira (5).
O Governo do Estado sugeriu suspender temporariamente a resolução relacionada às jornadas 12 por 60 para a carga horária de 30 horas, conforme reivindicação apresentada pelas entidades representativas.
Por outro lado, os sindicatos têm até o dia 30 de deste mês para apresentar propostas de alterações desta resolução, de modo que sejam compatíveis com a carga horária ideal e a constituição.
Uma reunião amanhã entre a tarde a noite, com a Secretaria de Planejamento e Gestão, Sindicatos e a Presidente da FHEMIG, vai discutir o assunto e levar em consideração o que for levantado na assembleia que acontecerá mais cedo dentre os servidores.
O governo afirma que tem diálogo aberto com as entidades.
Entenda a greve
O movimento foi convocado em protesto a resoluções publicadas pelo governo de Minas Gerais no início do ano. A avaliação das lideranças é que os textos “retiram direitos básicos dos trabalhadores, além de sucatear os serviços com o propósito de terceirizá-los”.
Segundo Carlos Augusto Martins, profissionais plantonistas podem ter suas jornadas de trabalho aumentadas sem que haja compensação financeira. Ele relata, ainda, problemas repassados aos pacientes.
“A resolução altera, por exemplo, o sistema de trabalho do laboratório de oncologia do Hospital Alberto Cavalcanti. O serviço, prestado à população durante os sete dias da semana, agora, passará a ser feito apenas nos cinco dias úteis. Os trabalhadores terão de mudar sua jornada para diarista — em vez de plantonista”, criticou.
Em nota enviada à imprensa, a Fhemig informou que mantém diálogo com os servidores e que o governo estadual faz estudos para definir providências relativas às solicitações, levando-se em consideração os limites estabelecidos pela lei.
A fundação encerra a nota afirmando que com relação à jornada de trabalho que os trabalhadores denunciam, segue os mesmos parâmetros das demais fundações e que, portanto, não há nenhum aumento na carga de trabalho.