Donos de bares e restaurantes de Belo Horizonte aguardam a queda do preço do botijão de gás
De acordo com o Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), o preço médio do botijão de gás na capital mineira
Sete botijões por semana
Dona de um restaurante no centro da capital mineira, Cledir de Fátima, de 47 anos, conta que gasta de 6 a 7 botijões por semana. Segundo ela, a expectativa é que a economia chegue a mais de R$ 700 por mês. A empresária já faz planos para o dinheiro extra. “No final do ano passado, a gente teve que parar de servir o almoço porque o gás e a carne estavam muito caras. Agora, a ideia é voltar a servir e contratar mais mão-de-obra para dar conta de tudo. A redução veio no momento certo”, comemora.
Já para Marcelo Andrade, de 43 anos, sócio de um restaurante no bairro Floresta, na Região Leste de BH, a redução não deve impactar o consumidor final de imediato. De acordo com o empresário, o restaurante utiliza gás de cozinha industrial, o chamado P190. Segundo ele, a redução neste tipo de gás não é tão forte quanto no botijão de 13 kg, utilizado em casas e restaurantes menores.
Mas, para Marcelo, como o setor passou por uma grande crise desde a pandemia da Covid-19, toda ajuda é bem-vinda. “A gente não vai conseguir repassar essa diminuição agora para o consumidor porque outros itens, como o ovo, aumentaram. Então, vai ficar elas por elas. Mas, a queda do gás vai acabar adiando um possível repasse deste aumento para o consumidor, o que já ajuda”, disse.
* sob supervisão de Enzo Menezes