A reportagem da Itatiaia esteve, na tarde desta segunda-feira (15), em uma estação do Move na rua Paraná, no Centro de Belo Horizonte, onde flagrou uma mulher
A venda de cartões de ônibus de vale-transporte é fraude e o trabalhador pode ser demitido por justa causa por esta prática. Entretanto, com o aumento da passagem de ônibus para R$6 reais, a fraude do vale-transporte vem aumentando, especialmente no Centro de Belo Horizonte.
O presidente da Associação de Bares e Restaurantes de Minas, a Abrasel, Matheus Daniel, explica que a venda ilegal de passagens de ônibus por preços menores prejudica os comerciantes da capital, já que são eles que pagam boa parte do vale-transporte usado pelos infratores para cometer o crime. Essa negociação irregular, prejudica as finanças do patrão que paga, mas também os próprios funcionários que usam o benefício para conseguir um dinheiro a mais, porque eles podem ser demitidos por justa causa.
“Essa questão do Vale Transporte, ela não é de hoje, já são anos a fio, desde do vale-transporte de papel, que isso acontece. Nós empresários queremos o melhor para o nosso funcionário, mas eu não posso pagar a passagem dinheiro, porque a Convenção Coletiva não permite. Aí o funcionário tem que arrumar a artimanhas para poder conseguir chegar em casa mais rápido e acaba fazendo uso de um transporte clandestino, porque o transporte da nossa cidade é ineficiente”, relata.
Marcelo Souza e Silva, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), explica que o trabalhador prejudica a empresa onde trabalha e a si ao vender, ilegalmente, seu vale-transporte, e está sujeito a ser demitido por justa causa.
“É uma prática ilegal que coloca em risco o emprego da pessoa. Nós entendemos que o poder de compra das famílias está fragilizado e muitas pessoas estão recorrendo essa atitude para aumentar a renda, mas é preciso entender que o comerciante também sofre impactos da economia custeando grande parte dessas passagens. Ao vender o vale-transporte, o funcionário comete uma ação ilegal, prejudica a empresa onde trabalha e muitas vezes até a si mesmo, já que em muitos casos o valor adquirido com a venda acaba antes da próxima recarga e ele precisa arcar com uma passagem por conta própria”.
Por meio de nota, a Prefeitura de Belo Horizonte diz que promove ações para combater o transporte clandestino e a venda irregular de créditos e cartões eletrônicos em diferentes pontos de embarque de passageiros no hipercentro.