O advogado do proprietário do Volvo XC40, modelo avaliado em R$ 250 mil, explicou à Itatiaia porque seu cliente não acionou o seguro após o carro pegar fogo e virar sucata. O episódio ganhou repercussão após o proprietário estacionar a carcaça na porta da agência onde o carro foi comprado, na avenida Raja Gabáglia, bairro São Bento, na região Centro-Sul da capital, na última quinta-feira (11).
O carro de luxo pegou fogo durante uma viagem para o Rio de Janeiro. O advogado Mateus Drubscky disse que o cliente não acionou a seguradora pois seu objetivo é a responsabilização da fabricante pelo ocorrido.
“Não houve nenhuma resposta da montadora. O próximo passo é a judicialização da ação para tentar sanar os prejuízos”, avisou o advogado.
Ainda de acordo com Drubscky, a carcaça queimada foi levada para um pátio em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas, onde passaria por uma vistoria para apurar o que iniciou as chamas.
“Após um mês, informaram que não foi detectado nenhuma falha na fabricação. Uma semana depois, explicaram que o incêndio teria acontecido por um vazamento de líquidos quentes no motor, que trincou pela aspiração de água de chuva”, explica.
Segundo ele, os motivos que levaram o homem a ‘estacionar’ a carcaça foram a falta de assistência e descaso com a situação.
“A Volvo se denomina como o carro mais seguro do mundo, ele comprou um para andar com os dois filhos, de 1 e 2 anos. Infelizmente aconteceu isso ainda com o carro na garantia e fábrica se eximiu de qualquer responsabilidade. Ele quis apresentar o caso dele até porque não é o primeiro caso”, afirma.
De acordo com o Mateus, o cliente não acionou a seguradora pois seu objetivo é a responsabilização da fabricante pelo ocorrido.
“Não houve nenhuma resposta da montadora. O próximo passo é a judicialização da ação para tentar sanar os prejuízos”, completa, o advogado
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Perfil com reclamações
Além do protesto, o dono do XC 40 criou um perfil na rede social no qual descreve, cronologicamente, o que teria ocorrido. Ele usa o nome fictício de João e diz que estava ‘muito feliz’ com o veículo e que, por ser o ‘carro mais seguro do mundo’, a esposa viajava sempre para o interior de Minas. “As revisões eram feitas na concessionária, em função da garantia que era até 05/23”, diz trecho de uma postagem.
O proprietário diz que emprestou o carro ao pai em janeiro deste ano para uma viagem ao litoral do Rio de Janeiro.
“Ocorre que, próximo a Juiz de Fora, o carro acende uma luz no painel e imediatamente seu pai (que é viajante de estradas como profissão a (sic) quase 40 anos) encosta o carro no acostamento… Mas quase não se salva, pois infelizmente só deu tempo de retirar alguns pertences, pois o motor entrou em combustão espontânea…”, diz o texto, que tem a foto do veículo pegando fogo.