Mais de um terço dos pacientes que marcaram uma teleconsulta pelo serviço oferecido temporariamente pela prefeitura faltaram ao atendimento.
O dado é da secretaria de saúde de Belo Horizonte, e corresponde a todos os pacientes agendados desde o dia 15 de abril, quando o serviço foi disponibilizado. Ao todo, foram ofertados 487 atendimentos, e 225 usuários passaram efetivamente pelas teleconsultas. Ao todo 125 pacientes agendaram o atendimento e não entraram na chamada.
Segundo o gerente da rede ambulatorial especializada da pasta, Mateus Figueiredo, a forma de tentar contornar as faltas tem sido um trabalho de conscientização sobre a qualidade do serviço.
“Não tem como a gente marcar horários a mais porque trabalhamos com uma tolerância. Às vezes o paciente está com instabilidade na internet ou atrasa um pouco, então o profissional aguarda por pelo 10 minutos. É uma sensibilização para que as pessoas realmente aproveitem essa oferta, são profissionais muito qualificados que estão prestando serviço para a Secretaria Municipal de Saúde por redes de BH”, conta
Nesse último fim de semana, foram realizados 72 atendimentos, de um total de 127 vagas. O serviço continua disponível até amanhã, terça-feira (25). Para semana que vem, segundo Matheus, o atendimento vai ser mantido.
“Estamos com a escala montada para o meio de semana, mas é uma oferta menor. Damos uma ênfase maior nos finais de semana, no qual vamos ter uma escala mais robusta de profissionais atendendo. Na próxima semana a escala está montada para o sábado quanto para o domingo, das 7h30 às 18h30. Em média, temos feito uma oferta de 150 a 200 vagas por final de semana”, completa
Além das teleconsultas, alguns postos de saúde também estão abrindo aos sábados, como forma de desafogar o atendimento. Segundo a PBH, foram realizados 381 atendimentos no último sábado: 269 adultos e 112 crianças. Do total de adultos atendidos, 36,43% apresentaram sintomas de dengue, 37,17%% doenças respiratórias, 3,72% pessoas com sintomas de chikungunya e 22,68% outras causas, como doenças crônicas. Já entre as crianças, 61,6% dos casos envolveram questões respiratórias, 12,5% suspeitas de dengue e 25,9% apresentaram outras queixas.