Os pais da menina Ágatha, criança de quatro anos que morreu com sinais de abuso sexual em Mateus Leme, foram liberados na manhã desta segunda-feira (10) após o delegado não encontrar elementos que comprovem que a menina sofreu abusos sexuais ou que os pais seriam os responsáveis.
A mãe da criança, segundo a Polícia Militar tem passagem pela polícia e é conhecida na região por ser usuária de drogas. Seu histórico, entretanto, não teria influência na morte da filha. Segundo o cabo Fábio, que acompanhou a ocorrência, o médico que atendeu a criança encontrou vestígios de que ela teria sofrido abusos sexuais, e por isso ele acionou as autoridades.
“O médico relatou que essa criança deu entrada passando mal e estava em observação juntamente com o pai e a mãe. Após realizar outros atendimentos, ele retornou na sala de observação para ver como a criança estava, mas já estava morta. Durante os exames, ele constatou que a área genital da criança tinha sinais de abuso sexual”.
Após deter os pais e irmão de Agatha, segundo o cabo, a mãe teria relatado que a filha tinha problemas de ressecamento nas áreas genitais e por isso tinha dificuldades de evacuar, e que isso poderia justificar o exame feito pelo médico.
“A mãe veio com a história que a criança tinha problema para defecar, que era ressecada, e talvez por isso a dilatação anal. Em relação à questão vaginal, a mãe relata que a criança se coçava muito, inclusive com brinquedos, mas tudo isso e por cima da roupa. O irmão relata que não presenciou nada, e que inclusive nem a fralda da irmã ele trocava”.
A família agora aguarda a liberação do corpo do Posto Médico Legal em Mateus Leme para decidir sobre o velório e sepultamento da menina. O laudo que deve indicar a causa da morte da Agatha ainda não foi finalizado. A Polícia Civil investiga o caso.
Entrevista feita pela repórter Talyssa Lima