O estudante da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) preso no último sábado (1º), suspeito de aplicar golpes envolvendo a venda irregular de convites de uma festa de formatura, teria usado o dinheiro para comprar um terno feito sob medida no valor de R$ 4 mil, além de adquirir passagem de avião para a irmã vir da Argentina para o baile.
A Polícia Civil instaurou inquérito e ouviu o suspeito e vítimas (leia nota completa abaixo).
A denúncia é contra o vice-presidente da comissão de formatura da Escola de Minas 2022, que teria vendido ingressos para o baile de formatura e não teria entregado aos compradores. Os preços variam de R$350 a R$400. Cerca de 70 pessoas teriam caído no golpe.
De acordo com o boletim de ocorrência, o suspeito disse aos policiais que ainda utilizou do recurso desviado para alimentação, compra de roupas e utensílios variados.
O estudante foi preso e, segundo os militares, confessou que gastou os cerca de R$30 mil arrecadados.
Ao receber o dinheiro dos convidados, ele transferia a quantia para a conta pessoal por meio de Pix e boletos bancários. O baile de formatura aconteceu no sábado (1º) e as pessoas que compraram ingressos do estudante não puderam participar da festa.
Comissão de formatura
A Comissão de Formatura publicou uma nota no perfil do Instagram, antes do baile acontecer, se posicionando sobre o assunto. A Comissão disse não compactuar com a venda de convites por terceiros e que condena atos criminosos. Disse, também, que medidas legais seriam tomadas.
A Comissão afirmou, ainda, que não usa contas correntes de terceiros para realizar transações e orientou as pessoas que caíram no golpe a procurar a Polícia Militar ou a Polícia Civil.
Veja a nota na íntegra:
Resposta da Polícia Civil
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que instaurou inquérito para apurar suposta prática de estelionato durante a venda de ingressos para baile de formatura da Universidade Federal de Ouro Preto. Na tarde de ontem (2/4), o vice-presidente da comissão de formatura, de 26 anos, suspeito de praticar o crime, bem como vítimas e testemunhas, foram ouvidos e, em seguida, liberados. A investigação segue em andamento pela Delegacia de Polícia Civil do município para a completa elucidação dos fatos.