A privatização do metrô de Belo Horizonte foi tema, nesta terça-feira (21), de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
A audiência foi convocada pela deputada Beatriz Cerqueira, do PT, que questionou alguns pontos sobre o contrato de privatização. A parlamentar afirma que o contrato não é sustentável e não protege a população contra aumentos no preço das passagens.
A Presidente do Sindimetro, sindicato que representa os metroviários, Alda Lúcia Fernandes dos Santos, destaca quais são as principais reivindicações da categoria.
“Para a categoria o principal é o destino dos empregados. Desde 2019 o sindicato quer participar de todo o processo que trata dos empregados e não foi autorizado, eles não deixaram a gente participar. Então, pra categoria metroferroviária de Minas Gerais, o maior problema é saber o que de fato irá acontecer com os empregados, porque em momento algum foi tratado desse assunto. Não se sabe se ele vai continuar na empresa, prometeram 12 meses de estabilidade, mas o que que significa isso na prática? O governo federal nos entregou pra iniciativa privada, como ativos, ou seja, como se nós fôssemos algum bem móvel da empresa, só que nós somos pessoas e somos trabalhadores concursados”.
O metrô de Belo Horizonte foi arrematado por 25,7 milhões de reais pelo Grupo Comporte, em leilão realizado em dezembro de 2022. A empresa será responsável pela gestão, operação e manutenção da rede, incluindo a ampliação da Linha 1, com a construção da estação Novo Eldorado, e a Linha 2, que ligará o bairro Nova Suíça à região do Barreiro, ainda a ser implementada.
A projeção de investimento para os próximos 30 anos, período do contrato de concessão, é de 3,7 bilhões de reais. A Itatiaia enviou os questionamentos e as críticas destacadas pela deputada e pela presidente para o Governo de Minas e aguarda um posicionamento.
