O motorista de Belo Horizonte não tem gastado tempo para pesquisar o preço do litro da gasolina. Isso porque o valor de R$ 5,25 predomina em várias regiões da capital mineira, após a reoneração (de R$ 0,47) e a redução (de R$ 0,13) que entraram em vigor no começo deste mês.
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O valor ‘tabelado’ chama a atenção de taxistas e de motoristas de aplicativo que circulam pela cidade. A reportagem da Itatiaia percorreu dezenas de postos no último final de semana e confirmou a percepção dos trabalhadores. Na Via Expressa, por exemplo, quase todos cobram R$ 5,25 pelo litro de gasolina. A situação se repete em estabelecimento das regiões Leste, Oeste e Noroeste visitados pela Itatiaia.
“Na média, é isso mesmo. Você nem roda muito para encontrar a R$ 5,25. Agora, na Zona Sul é mais caro”, disse o taxista Leonardo Augusto dos Santos Calixto, de 42 anos. “Na Zona Sul é R$ 5,50, 5,60. O resto é tudo R$ 5,27, R$ 5,25 e R$ 5,23. Na prática, parece (tabelado)”, completou.
A situação relatada pelo taxista foi encontrada pela Itatiaia. Nos dois postos que a gasolina tinha preço diferente de R$ 5,25, o valor variava R$ 00,2.
Em nota, o Minaspetro destaca que cada empresário tem total liberdade de praticar seu preço. Veja íntegra.
O mercado varejista de combustível é o mais competitivo do Brasil, com mais de 42 mil postos disputando o cliente centavo a centavo. O que se vê nos grandes centros urbanos e principais corredores das cidades é que a competição é ainda mais acirrada, com revendedores apresentando margens de lucro estreitas para atrair o motorista para seu estabelecimento. Isso causa um movimento chamado de “paralelismo comercial”, o que faz com que os preços de bomba oscilem, dada a agressividade da concorrência. O Minaspetro reforça que o mercado é livre e cada empresário tem total liberdade de praticar seu preço, levando em conta suas condições comerciais com os parceiros distribuidores e custos operacionais. Por fim, lembra que, como é de conhecimento público, imputar a alguém, falsamente, um fato definido como crime, configura o crime de calúnia, descrito no artigo 138, do Código Penal.
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O levantamento, feito entre os dias 2 a 5 de março em 191 postos da Grande BH, apontou ainda que o preço médio da gasolina subiu 10,54% (ou R$0,52).
ANP
Na última sexta-feira (10), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
Nesta semana, entre os dias 5 e 11 de fevereiro, o aumento foi de 6,1%, com salto de R$ 5,25, no início do intervalo, para o preço mais recente, de R$ 5,57.
Os aumentos são um desdobramento da volta da incidência de Pis/Cofins nos preços de refinaria, gradualmente repassados ao consumidor final nas bombas.