O Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro) divulgou nesta quarta-feira (15) áudios nos quais um servidor da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) oferece abonos e folgas para o trabalhador que não participar da greve da categoria. As 19 estações do metrô de Belo Horizonte
De acordo com o Sindimetro, os áudios são do diretor técnico da CBTU, Frank Coelho Durço Ferreira. “Está autorizado a informar ao empregado que quiser vir trabalhar a partir de hoje e até o Carnaval, se vier em todos os dias que estiver escalado, se não tiver falta nenhuma, esse empregado terá todos os dias abonados da greve realizada em dezembro”, diz trecho do áudio.
A greve estava prevista para começar nessa terça-feira (14), mas trabalhadores que não aderiram ao movimento garantiram o funcionamento do serviço até por volta das 20h.
O secretário-geral do Sindmetro, Daniel Carvalho, criticou a ‘proposta’ do diretor da CBTU. “Desde o início da deflagração da greve dos metroviários, a empresa fez inúmeras tentativas de acabar com o movimento. E temos um gestor que tenta convocar funcionários da operação e da manutenção ofertando abono dos dias de greve que esses funcionários fizeram em dezembro do ano passado. Além o abono, esse gestor oferece dias de folga para empregados que não fizeram a greve de dezembro, disse o secretário, que garante a continuidade da greve.
“A continuidade da greve está aí. Temos uma nova assembleia marcada para às 10h desta quinta-feira (16) e continuamos aguardando uma oferta de proteção mínima dos empregos públicos dos metroviários de Belo Horizonte. A gente espera que a situação se revolva antes do Carnaval, porque deflagramos o movimento com antecedência justamente para a população não ser penalizada”, reforçou o diretor, lembrando a paralisação pode afetar a mobilidade de 5 milhões de foliões.
Nota
Em nota, a CBTU informou que a proposta de compensação de 100% dos dias da greve de dezembro para os empregados que trabalharem durante o Carnaval foi apresentada durante reunião do dia 10 deste mês, com a presença do Sindimetro.
“Os empregados que trabalhassem no Carnaval e, ainda assim, tivessem horas devidas, poderiam compensá-las posteriormente, até 31 de março de 2023”, diz o texto.
Privatização
A categoria é contra a privatização do metrô e pede a revogação do leilão realizado no dia 22 de dezembro de 2022. De acordo com o Sindicato dos Metroviários, os 1.600 funcionários do metrô de BH não tiveram nenhuma garantia de emprego após a venda do modal da capital.
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