Apesar do anúncio de greve dos funcionários da rede Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), marcada para começar nesta segunda-feira (13), os hospitais registraram atendimento normal.
A categoria alega ter sido surpreendida por resoluções do governo de Minas que “retiram direitos básicos dos trabalhadores, além de sucatear os serviços com o propósito de terceirizá-los”.
Carlos Martins, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da rede Fhemig (SINDPROS), explica que mesmo com a greve as equipes de enfermagem trabalham em escala mínima para garantir os atendimentos.
“Apesar da greve as escalas mínimas do pessoal da enfermagem garantirão a assistência aos pacientes já internados e garantiremos também o atendimento a todos os casos de urgência e emergência. Agora eu quero deixar claro que nós estamos garantindo esse atendimento quanto ao trabalho do pessoal da enfermagem e das outras categorias. Agora, quanto a estrutura do hospital aí já não é nossa responsabilidade.”
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Os trabalhadores citam a resolução 10.688/2022, que aumenta a carga horário dos servidores; 27.471/2022, que retira o direito previsto em leis das mães e pais a acompanhar seus filhos com necessidades especiais; além de serem contra a terceirização dos hospitais públicos por meio das Organizações Sociais (OSs).
Por meio de nota, a Fhemig informou que mantém diálogo aberto com os servidores e que a escala mínima de atendimentos deve ser respeitadas.
“A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) informa que mantém abertos e constantes os canais de diálogo com seus servidores, por meio de agendas fixas de reuniões com os seus representantes, para que sejam apresentadas as reinvindicações e soluções propostas por ambos.
Todas resoluções trabalhistas e administrativas são embasadas pelas legislações estaduais e federais para que haja transparência, isonomia e legalidade nas decisões. Há a garantia de direitos e deveres dos servidores em todas as mudanças administrativas.
A escala mínima deve ser respeitada durante paralisações, principalmente nos serviços críticos, como terapia intensiva e urgência, não prejudicando a assistência aos usuários.”