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Caso Ian: Justiça nega liberdade à madrasta, presa por suspeita de maus-tratos

Na manhã desta quarta-feira (1º), a defesa da madrasta do menino Ian havia enviado uma liminar de urgência pedindo a liberdade da mulher

Pai e madrasta foram presos preventivamente por suspeita de maus-tratos

A Justiça negou a liminar de urgência que pedia a liberdade da madrasta do menino Ian de Almeida, de dois anos, que morreu no início de janeiro. Bruna, de 34, está presa por suspeita de maus-tratos que resultaram na morte do enteado. O pai do menino, Márcio, também está preso.

O desembargador relator negou a liminar e pediu maiores detalhes do caso à Polícia Civil, que irá encaminhar o inquérito para apreciação da turma. O advogado da família de Isabella, mãe do Ian, explica que a família via com preocupação a soltura de Bruna, já que Isabella já havia sido ameaçada pela madrasta e pai do filho.

“Existe uma preocupação muito grande, até mesmo com a segurança dessa mãe. Já há um processo criminal onde a mãe é vítima contra o pai e contra a madrasta, um processo de ameaça. Esse processo estava suspenso e a gente já conseguiu citar o pai e agora a madrasta também será citada. Então, colocar essas pessoas em liberdade afronta diretamente a segurança dessa mãe”, explica o advogado Fabrício Cassangeo Costa.

O advogado explica, ainda, que Isabella já havia registrado um boletim de ocorrência por suspeita de maus-tratos em maio de 2022, quando Ian chegou da casa do pai com os ouvidos sangrando. Apesar disso, o judiciário não retirou a guarda compartilhada de Márcio.

“A mãe já havia feito uma ocorrência em maio do ano passado por uma suspeita de maus tratos, onde o próprio corpo clínico identificou que o comportamento da criança era diferente do relato do pai. Ele chegou da casa do pai com o ouvido sangrando, ela fez um boletim de ocorrência, porém isso não foi suficiente para que o judiciário impedisse que o pai tivesse acesso a criança, ou seja, a guarda continuava compartilhada. Então por obrigação e dever legal essa mãe tinha que possibilitar que o pai tivesse acesso a criança, senão ela poderia perder essa guarda através até mesmo de uma caracterização de alienação parental”.

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Cursou jornalismo no Unileste - Centro Universitário Católica do Leste de Minas Gerais. Em 2009, começou a estagiar na Rádio Itatiaia do Vale do Aço, fazendo a cobertura de cidades. Em 2012 se mudou para a Itatiaia Belo Horizonte. Na rádio de Minas, faz parte do time de cobertura policial - sua grande paixão - e integra a equipe do programa ‘Observatório Feminino’.