Três pessoas da mesma família foram presas nessa quinta-feira (26), suspeitas de duplo latrocínio em Minas Gerais e Goiânia. Pai, mãe e filho, de 59, 52 e 25 anos, respectivamente, teriam dopado e assassinado uma idosa de 85 anos e o filho dela, de 63. Os crimes foram cometidos em Professor Jamil, no interior goiano, e em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro.
A partir da localização de um dos corpos, as Polícias Civis de Minas e Goiás passaram a investigar as causas do crime, e encontraram o veículo que transportou o corpo. Ele tinha se envolvido em um acidente, o que permitiu aos policiais efetuarem a prisão de dois dos suspeitos. Pouco depois, o terceiro suspeito também foi preso.
Com eles, foram apreendidos documentos de uma das vítimas, além de cartões bancários e outros documentos pessoais da outra vítima. Os três familiares então confessaram os crimes.
Em depoimento, os suspeitos confirmaram que o objetivo era roubar mãe e filho. Eles teriam se alojado na casa das vítimas, em Goiânia, e passaram a ministrar remédios para dopar a família. Em meio às extorsões, mãe e filho ficaram em cidades diferentes - Ituiutaba e Goiânia, onde eram acompanhadas pelos suspeitos, e continuavam sendo dopados.
Em um primeiro momento, a vítima mais se recusou a passar dados bancários, mesmo dopada. Assim, os suspeitos levaram diversos itens de valor da casa, como joias, dinheiro e até uma arma.
Por conta das altas doses de remédios, essa vítima nova morreu sem fornecer os dados exigidos pelos suspeitos, que então queimaram o corpo em uma plantação. Após passarem a notícia para a mãe dele, os suspeitos seguiram com a dopagem, mas a idosa também morreu.
No deslocamento para queimar também esse corpo, o trio se envolveu em um acidente, e precisaram fazer a desova em um matagal, para evitar serem surpreendidos pela polícia.
Terceiro homicídio
Depois de presos, os suspeitos foram interrogados também acerca de uma mulher de 50 anos, desaparecida em Prata, ainda no Triângulo, desde outubro do ano passado. Eles confessaram o homicídio dela, que teria acontecido por uma discussão sobre política.
A mulher foi esganada, esquartejada, e teve as partes do corpo colocada em sacos plásticos com terra, dispensados no trajeto entre Campina Verde e Iturama, na mesma região de Minas.