O proprietário de uma farmácia de manipulação e duas farmacêuticas foram condenados a pagar uma indenização de R$200 mil a uma família que perdeu dois entes em decorrência de uma falha no preparo de medicamentos.
Uma mulher de 45 anos e sua filha, de 22, morreram por intoxicação após tomarem um remédio manipulado pela farmácia. A decisão é da 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Pai e filha, moradores de Novo Cruzeiro, no Vale do Jequitinhonha, contam que as familiares foram diagnosticadas com amebíase e receberam prescrição do remédio Secnidazol. Como o medicamento não estava disponível na cidade, o farmacêutico decidiu encomendá-lo em Teófilo Otoni.
Em dezembro de 2011 as vítimas ingeriram o medicamento e, em sete dias foram hospitalizadas com dores abdominais, queimação na garganta e vômito. A mulher morreu no mesmo dia e a filha dois dias depois. Uma perícia comprovou que houve troca do princípio ativo do medicamento encontrado no laboratório da farmácia.