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Mortes por dengue crescem mais de 1000% em MG, e casos sobem 456% em um ano

Apesar do aumento exponencial no número de casos e óbitos por dengue, o vírus da Zika e Chikungunya não apresentaram aumento expressivo

A dengue é transmitida a partir da picada do mosquito Aedes aegypti

Minas Gerais registrou um aumento de 1080% nos casos de mortes confirmadas por dengue entre 2021 e 2022, segundo dados disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Enquanto no último ano foram registrados apenas 6 mortes pela doença, neste ano 65 pessoas perderam a vida para o vírus. Outras 19 mortes ainda estão sendo investigadas para saber se há relação com a dengue.

O número de casos também teve um aumento exponencial, saltando de 15.441 casos confirmados em 2021 para 70.421 em 2022. A cidade que mais registrou casos este ano foi Uberlândia, no Triângulo Mineiro, com 4866 pessoas infectadas com o vírus da dengue. A cidade também foi campeã de óbitos, com 6 mortes confirmadas. Unaí (Noroeste de Minas) e Araxá (Triângulo) também registraram 6 mortes por dengue.

Região Metropolitana

Na região metropolitana de Belo Horizonte, a capital mineira liderou o número de casos de dengue, com 2027 casos confirmados e apenas um óbito, o único da região. Ribeirão das Neves registrou 490 casos, seguido por Betim com 477 e Contagem com 391. Em comparação com o ano de 2021, BH não registrou números muito diferentes. No último ano, a capital registrou 184 casos a menos de dengue e nenhuma morte.

Além disso, os meses com maior incidência de casos em BH em 2022 foram abril e maio, com 303 e 226 casos respectivamente. Até o dia 23 de dezembro, apenas 1 caso de dengue foi registrado no mês na capital mineira. A regional nordeste foi a que teve mais casos de dengue no ano em BH, com 208, enquanto a Leste teve menos, com 73.

Zika e Chikungunya

Apesar do aumento exponencial nos casos e óbitos por dengue em Minas Gerais, os vírus da Zika e Chikungunya, que também são transmitidos pelo mosquito do Aedes aegypti, não subiram tanto.

Em 2021, foram 5367 casos de Chikungunya, enquanto 2022 registrou 6392 casos. Já o vírus da zika registrou 25 casos no último ano e apenas 18 neste. Nenhuma das doenças registraram morte em 2022.

Combate ao Aedes aegypti

A transmissão da Dengue, Zika e se faz pela picada da fêmea do mosquito infectado. Por isso, a principal forma de combate é a prevenção, evitando deixar água parada, onde o agente se reproduz.

  • Retirar pratinhos de vasos de planta

  • Jogar fora latinhas, embalagens plásticas e de vidro e material descartável em geral em sacos plásticos bem fechados e em lixeiras tampadas

  • Manter caixas d’água, cisternas e poços limpos e fechados

  • Limpar calhas regularmente

  • Manter pneus secos e guardados em locais cobertos

  • Tratar água de piscinas com cloro

  • Deixar a tampa de vasos sanitários sempre fechados e, em banheiros sem uso, dar descarga uma vez por semana

  • Secar todo tipo de material que possa acumular água e guardá-los em locais cobertos

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais informou que preparou, em 2022, uma série de ações para conscientizar a população e reduzir os riscos de ocorrência de dengue no estado.

“Com o objetivo de reduzir os riscos de ocorrência de casos e preparar as equipes que atuam no combate ao Aedes, a SES-MG já iniciou uma série de ações, como capacitação dos profissionais, alinhamento de estratégias nos territórios e sensibilização da população quanto aos cuidados necessários para o combate ao vetor. Em novembro, a SES-MG lançou, ainda, a “Campanha Tchau, Dengue, Tchau”, que reforça junto à população os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya”.