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Greve do Metrô: CBTU e metroviários têm dois dias para apresentar escala mínima ao TRT

A decisão foi feita durante audiência de conciliação nesta segunda-feira, e tanto empresa quanto sindicato concordaram em se reunir

O metrô de Belo Horizonte está em greve desde a última quarta-feira

O Tribunal Regional do Trabalho determinou que o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro) e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) tem até às 15h desta quarta-feira (21) para apresentar uma escala mínima a ser cumprida durante a greve do metrô de Belo Horizonte. A determinação foi feita durante audiência, nesta segunda-feira (19), pelo desembargador César Pereira da Silva Machado Júnior.

Durante a audiência o desembargador disse que a escala mínima de funcionamento do sistema metroviário deve vir de um esforço de todas as partes em buscar conciliação, tendo em vista as necessidades da população usuária do transporte coletivo. Ainda assim, a CBTU e os metroviários não chegaram a um acordo.

Tanto o CBTU quanto o Sindimetro concordaram em fazer uma reunião dieta nesta terça-feira (20), às 10h, para debater sobre a possibilidade de uma escola mínima.

Em nota, a CBTU disse que “se propôs a receber o sindicato dos metroviários” em reunião com a finalidade de " acordar uma escala mínima de funcionamento do metrô que atenda, efetivamente, a população da Região metropolitana de Belo Horizonte”. Ainda, a CBTU ressaltou na nota que a escala “deve incluir o funcionamento dos trens no horário de pico, observando a importância do serviço de transporte sobre trilhos para a mobilidade urbana da cidade”.

Por fim, a CBTU disse em nota que “considera irresponsável a greve dos metroviários que afeta cerca de 100 mil usuários do sistema todos os dias, ainda mais sem o cumprimento de escala mínima de serviço à população, desde a última quarta (15), desobedecendo liminar proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho”. Além disso, a empresa se disse preocupada com “a saúde financeira da Empresa, que depende diretamente da venda das bilheterias para sanar suas obrigações monetárias, inclusive no que tange os salários dos empregados e fornecedores” e afirmou ter um prejuízo acumulado de R$2 milhões.

A reportagem da Itatiaia também pediu o posicionamento do Sindimetro e aguarda resposta.

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Greve

Os metroviários são contra o leilão da concessão do metrô da capital que está previsto para essa quinta-feira (22). A categoria alega preocupação quanto ao futuro de cerca de 1,6 mil cargos efetivos.

A greve começou na última quarta-feira (14) e, posteriormente, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG) acatou o pedido da CBTU e determinou que o metrô de BH circule com 100% dos trens em horários de pico e com 70% nos outros horários. Porém, o sindicato dos metroviários decidiu por não cumprir a medida.

A companhia destaca que pediu o aumento do valor da multa e protocolou documentos comprovando ao judiciário a arbitrariedade do sindicato dos Metroviários em acatar a decisão judicial.

Assembleia

Na última sexta-feira (16) o sindicato decidiu pela manutenção da greve, após assembleia da categoria, bem como o não cumprimento da escala mínima de serviços à população.

A CBTU-MG informa que serão descontados do salário o dia de todos os empregados que aderiram ao movimento grevista.

O sindicato da categoria espera “a manutenção do emprego de aproximadamente 1.600 trabalhadores concursados na empresa e a suspensão do leilão, marcado para o dia 22 de dezembro.”

Com informações do repórter Gustavo Cícero