Secretário Estadual de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato se comprometeu de dialogar com os metroviários sobre a greve. Isso porque uma nova paralisação, desta vez de 24 horas, está prevista para a próxima quarta-feira (26), dia do metroviário.
“Em nome do Governo do Estado, estou me colocando a disposição para o que for necessário, o que a gente puder ajudar nesse diálogo. Amanhã, eu vou estar com alguns é representantes do metrô que me pediram uma audiência. A gente está sempre portas abertas e, novamente, (vamos) reconhecer o trabalho importante que é os metroviários”, disse no podcast ‘Palavra Aberta’ deste sábado (22) debate a atual situação do metrô de Belo Horizonte e a privatização do serviço.
Também participou do encontro o Presidente em exercício do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro), Daniel Glória Carvalho.
Nas últimas semanas, servidores da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que administra o metrô, têm feito paralisações contra a forma como está sendo conduzido o processo de privatização da empresa.
“O ponto principal do sindicato como entidade representativa dos trabalhadores é no que tange a situação deles com o andamento desse processo. A privatização é uma política de governo a forma como isso vai acontecer a gente tem as nossas opiniões. Inclusive, temos acompanhado esse processo que já aconteceram em outros locais do Brasil”, disse.
“A gente fica preocupado é com a situação dos trabalhadores com a oferta de apenas 12 meses de estabilidade. É por uma mão de obra que é extremamente técnica muito é especializada no sistema que só existe aqui em Belo Horizonte. Então esse é o motivo das paralisações a gente lamenta, pois sabemos que a população precisa desse meio de transporte. Ele é muito importante, porém é infelizmente já estamos há três anos fazendo esse questionamento”, pontuou.
Enquanto isso, o Governo está na expectativa do leilão da CBTU, marcado para dezembro. A concessão à iniciativa privada é apontada como uma saída para ampliação e modernização do metrô. Para se ter uma ideia, Belo Horizonte não ganha uma nova estação há 20 anos.
“Você não garante o seu emprego em função da estabilidade você garante o seu emprego em função da qualidade de serviço. Eu tenho certeza isso e eu vi acontecer. Eles nem precisariam da estabilidade porque isso é sabido no mercado”, pontuou.
Ele ainda destacou as vantagens da privatização: “Vamos diminuir o tempo de espera de sete para quatro minutos, modernizar os trens e vamos construir a linha dois”, completou.
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