Sessenta e seis obras de contenção de encostas foram concluídas em Belo Horizonte para o período chuvoso 2022/23, segundo a prefeitura da capital, que concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira (5). O executivo ainda pontuou 27 obras de manutenção de encostas e benefício a cerca de 130 famílias.
De janeiro a setembro deste ano, conforme o executivo, 1.909 moradias passaram por vistoria e 327 famílias foram removidas de locais de risco - desse total, 58 remoções são definitivas. O subsecretário de proteção e Defesa Civil de BH, Waldir Figueiredo, explica ainda como o poder público ajuda no alerta e prevenção de tragédias na cidade.
“Os fenômenos climáticos podem se desenvolver de forma extrema, e isso naturalmente causa riscos, são ameaças monitoradas pela prefeitura durante 24 horas no período chuvoso. A partir desse monitoramento tecnológico, são emitidos alertas para toda a população para que ela tenha informações seguras e precisas, e possa naturalmente evitar comportamentos de risco”, disse.
Figueiredo ainda destacou os canais de comunicação entre a população e órgãos de defesa, incluindo também a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e a Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel). Segundo ele, “neste período chuvoso, os alertas também estão disponíveis por WhatsApp. Basta enviar ‘olá' para o número (61) 2034-4611 para se cadastrar. O serviço por SMS está mantido, de forma gratuita, e atualmente é utilizado por cerca de 320 mil pessoas”.
Outras 48 obras de contenção de encostas, e 15 de manutenção, ainda estão em andamento em BH, além de obras já concluídas para prevenção de enchentes, como no Córrego Ressaca e bacias do Córrego Santa Terezinha, na regional Barreiro e Barragem Santa Lúcia.
Por fim, Waldir relembrou cuidados que precisam ser tomados pela população no dia a dia, que ajudam a denunciar perigos e combater potenciais riscos.
“Primeiramente, é bom que as pessoas entendam que as construções precisam de ações corretivas ao longo do tempo. Então, acompanhar, verificar se há obstrução, trinca, bloqueio em calhas e sistema de drenagem, infiltrações... Todas essas ações preventivas são muito importantes para que nós não tenhamos agravamentos de patologias”, pontua.
Ele sustentou que “são ações preocupantes porque dependem muito da proatividade do cidadão na prevenção do desastre”, e por isso, o contato com órgãos de proteção civil se mostra imprescindível.
