O julgamento do feminicídio contra a servidora do Ministério Público de Minas Gerais, da Promotoria de Defesa do Direito das Mulheres do Ministério Público de Minas Gerais, Lilian Hermógenes da Silva, que foi assassinada em agosto de 2016, ocorrerá na manhã desta quarta-feira (28) no Fórum de Contagem.
Lílian estava saindo de casa, no Bairro Jardim Industrial, quando dois homens se aproximaram em uma moto e dispararam contra ela. Eles levaram a bolsa da vítima para simular um assalto. Infelizmente, a ex-servidora pública morreu no local.
No dia seguinte o ex-marido, o advogado Artur Campos Resende foi detido suspeito de ser o mandante do assassinato. A mulher tinha uma medida restritiva contra ele devido a ameaças.
Os assassinos, dois homens em uma moto, forjaram um latrocínio para tentar despistar a real motivação do crime. A Polícia Civil e o Ministério Público chegaram à conclusão que o mandante do crime foi o ex-marido de Lilian, o advogado Artur Campos Rezende, de 49 anos, que não aceitou o fim do relacionamento. Ele e os dois pistoleiros serão julgados hoje.
“Depois de seis anos de espera, vai ocorrer o julgamento. A expectativa da nossa família é que seja feita justiça, que o assassino e quem mandou matar minha irmã seja, finalmente, condenado. (A expectativa) é que seja aplicada uma pena justa e que a morte da minha irmã não fique em vão e sirva de exemplo pra que outros homens pense duas vezes antes de mandar matar ou ou matar a sua companheira”, disse Rosimere Hermogenes da Silva, irmã de Lilian.
Ela contou que o acusado continua procurando a família. “A gente não tem ficado em paz porque ele não deixa. Ele sempre está, de alguma forma, ofendendo a família. Ele vive processando a minha mãe, mandando mensagem para meu sobrinho, que é filho dele.
“Eu sei que vai ser um julgamento difícil, eu sei que vai ser muito pesado para gente ter que ouvir tudo de novo, ouvir todo o sofrimento da minha irmã. Mas espero que a minha família possa seguir em frente e virar essa página da história”, completou.