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BH tem sensação térmica negativa e meteorologista explica cálculo

Meteorologista destaca que sensação térmica é diferente da temperatura medida em termômetro; entenda

Frio foi sentido de forma mais intensa no último sábado

Belo Horizonte registrou sensação térmica de - 19,9ºC no último sábado (20), conforme a Defesa Civil da capital. O frio intenso foi sentido principalmente nos bairros Buritis, Belvedere e Mangabeiras, na região Centro-Sul, locais mais elevados da cidade. No entanto, a temperatura mínima daquele dia foi de 10ºC. Mas o que difere a sensação térmica dos números marcados nos termômetros?

Nas redes sociais da Itatiaia, muitos questionaram a sensação térmica e a reportagem foi atrás de respostas para esclarecer a dúvida de seguidores. Segundo Anete Fernandes, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), “a sensação térmica é como nosso corpo percebe aquela temperatura, considerando outras variáveis, como, por exemplo, vento e umidade”. Já a temperatura é “o valor medido pelo termômetro”.

Normalmente, usamos o termo sensação térmica para frio. O vento potencializa a sensação de frio, ou seja, se num dia de temperaturas amenas estiver ventando, nosso corpo sentirá frio como se a temperatura fosse menor do que a realmente registrada. Por outro lado, se a temperatura estiver amena, não houver vento e a umidade do ar estiver alta, sentiremos como se a temperatura estivesse mais alta do que a registrada.

Porém, em caso de sensação de calor elevada, é usado o termo “índice de conforto térmico”. De acordo com ela, neste caso, ele é “mais influenciado pela umidade do ar”.

“Num dia de temperatura elevada, o vento ameniza o calor. Por outro lado, se estiver úmido sentiremos mais calor, como se a temperatura fosse maior que a registrada pelo termômetro”, acrescentou.

Segundo Anete Fernandes, tanto o índice de conforto térmico quanto a sensação térmica são calculados. “Os cálculos consideram temperatura, vento e umidade, tanto para sensação térmica, quanto para índice de conforto térmico. Existem métodos que consideram também variáveis de termorregulação do corpo humano (variáveis biometeorológicas)”, destacou.

Sem previsão de chuva

Faltando dez dias para o fim de agosto, Anete Fernandes explica que a temperatura mínima e a máxima “devem ficar próximas da média histórica para o mês”, ou seja, entre 15,8ºC e 26,3ºC. Além disso, não há previsão de chuva.

“A tendência é que este final de agosto continue com manhãs frias e tardes não muito quentes, porém com baixos índices de umidade do ar, características típicas do mês. A princípio não há perspectiva de chuva para Minas. Contudo, sempre recomendamos o acompanhamento da atualização da previsão do tempo”, disse.

Para o início de setembro, são esperadas apenas pancadas de chuva. “Normalmente, em setembro temos as primeiras pancadas de chuva, mas não significa o fim da estação seca. A transição entre a estação seca e a chuvosa, costuma ocorrer durante a segunda quinzena de outubro”, concluiu.

Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.