Delegado que atirou em motorista tem pedido de soltura negado pela Justiça

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) manteve a prisão preventiva, nesta sexta-feira (19), do delegado de polícia Rafael de Souza Horácio, denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por homicídio qualificado, por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima. O pedido de habeas corpus foi indeferido.

O crime aconteceu no dia 26 de julho, na avenida do Contorno, região Centro-Sul de Belo Horizonte, quando o delegado atirou contra o motorista Anderson Cândido de Melo. O MPMG ofereceu a denúncia no dia 11 de agosto que foi acatada pela Justiça, que decretou, ainda, a prisão preventiva do acusado.

Investigações

Segundo as investigações, o delegado e a vítima trafegavam pela avenida do Contorno quando divergiram em manobra de trânsito. Conforme as apurações, o delegado obstruiu a passagem do veículo dirigido por Anderson que foi obrigado a parar.

“Após a deliberada obstrução da via, com o veículo da vítima inerte, o denunciado desembarcou do seu veículo, empunhou sua arma de fogo e atirou contra a vítima, a qual permanecia assentada no interior da cabine, restando alvejada mortalmente na altura da região cervical esquerda”, diz trecho da denúncia.

Ao pedir a prisão preventiva do delegado, o MPMG defendeu a necessidade da medida para garantia da instrução criminal e preservação da ordem pública. Ao deferir o pedido e converter a prisão de temporária em preventiva, a Justiça considerou que as condições pessoais do investigado e a gravidade do crime recomendam pela manutenção da prisão.