Mulher tenta entrar com 130 celulares e drogas em Bangu 7; direção do presídio é afastada

Quatro presos apontados como lideranças da facção criminosa ‘Povo de Israel’ foram transferidos para o presídio de Bangu 1

Celulares apreendidos em Bangu 7

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) apreendeu, nesta segunda-feira (24/11), 130 celulares, além de drogas e outros materiais ilegais, levados por uma visitante em Bangu 7, também conhecido como Presídio Nelson Hungria, unidade prisional localizada dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio de Janeiro.

De acordo com a SEAP, por conta da gravidade da ocorrência, o diretor, o subdiretor e o chefe de segurança da unidade foram afastados de suas funções. E quatro presos apontados como lideranças da facção criminosa “Povo de Israel” foram transferidos para o Presídio de Bangu 1. As visitas no local também estão suspensas por tempo indeterminado.

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O material foi apreendido durante uma fiscalização de rotina realizada na portaria da unidade, policiais penais do Grupamento de Portaria Unificada (GPU) suspeitaram de sacolas que passaram duas vezes pelo scanner. Ao perceber que o material foi identificado, a visitante, identificada como Maria Carolina, deixou o local antes da abordagem e equipes da SEAP estão tentando localizá-la.

O que tinha nas sacolas?

  • 130 aparelhos celulares
  • 17 kg de maconha
  • 3,5 kg de cocaína
  • 80 pedras de crack
  • 185 g de haxixe
  • 50 chips de telefonia

Quem são os presos transferidos?

Apontados como lideranças da facção criminosa Povo de Israel transferidos para o Presídio de Bangu 1:

  • Marlon Jorge Pereira (vulgo “Tiziu”)
  • Vitor Gabriel Guedes Domingues (vulgo “VG”)
  • Deivid da Silva Oliveira (vulgo “DVD”)
  • Luiz Henrique Amaral Paixão (vulgo “Bicudo”)

A Corregedoria da SEAP disse que instaurou um procedimento para apurar eventuais responsabilidades administrativas e verificar possível participação de servidores na tentativa de ingresso do material ilegal.

“A SEAP reafirma que mantém tolerância zero a práticas criminosas dentro das unidades prisionais e seguirá intensificando as ações de controle, fiscalização e combate ao crime organizado no sistema penitenciário do Estado.

Todo o material apreendido foi encaminhado à DRACO-IE (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado e Inquéritos Especiais).”

Estudante de jornalismo pela PUC Minas. Trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre Cidades, Brasil e Mundo.

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