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BH registra aumento de mulheres que recorrem à prostituição por perder o emprego

São 4.500 profissionais do sexo no Estado de Minas Gerais

Região da Guaicuru, no centro de BH

Mulheres sem emprego, sem qualquer estrutura na vida e sem comida para dar aos filhos. Com tudo custando tão caro, a conta não fecha para muitas que estão encontrando na prostituição alternativa de trabalho. Nesse perfil, houve aumento de 20% no número das profissionais do sexo atuando, hoje, em Belo Horizonte.

O dado foi divulgado por Cida Vieira, presidente da Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig). Em todo o Estado, são 4.500 profissionais do sexo.

“Temos aqui de ex-banqueira até mulheres que perderam seus entes queridos para estarem na Guaicurus, porque são mães solo. 20% dessas mulheres tiveram alguma perda na pandemia da Covid. Então, esse é o novo cenário”, disse. Cida destaca a falta de oportunidade como um dos principais fatores.

A associação, junto ao grupo de psicólogas da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), faz um trabalho de acolhimento às mulheres em situação de vulnerabilidade.

“Não incentivamos, mas estamos acolhendo essas mulheres junto com a equipe de psicologia. São pessoas que só têm esse rumo do trabalho - como outro qualquer - para levar o alimento para dentro de casa, continuar os estudos, pagar água e luz”, completou.

(com informações de repórter Camila Campos)

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