Em 2024,
As regiões Nordeste (547 mil pessoas) e Sul (226 mil pessoas) apresentaram as altas mais acentuadas no número de pessoas de 5 a 17 anos em trabalho infantil em relação a 2023: aumento de 7,3% e 13,6%, respectivamente.
Já Sudeste e Centro-Oeste tiveram pequenas oscilações, passando de 478 mil para 475 mil pessoas, e de 148 mil para 153 mil pessoas, respectivamente.
O Norte, com 248 mil pessoas em trabalho infantil, foi a única grande região com queda expressiva (-12,1%) nesse contingente entre 2023 e 2024. Apesar disso, é a região com maior proporção de crianças e adolescentes nessa situação: 6,2%.
Nas demais grandes regiões, a proporção de jovens em trabalho infantil foi a seguinte: Nordeste (5%), Centro-Oeste (4,9%), Sul (4,4%) e Sudeste (3,3%).
Frente a 2016, todas as regiões apresentaram queda do total de pessoas em situação de trabalho infantil, exceto a Região Centro-Oeste, com uma variação positiva de 7,0%. Nesse período, o Nordeste apresentou a maior retração: 27,1%.
Benefício Bolsa Família
Entre crianças e adolescentes em domicílios que recebiam benefício do Bolsa Família, 5,2% estavam em trabalho infantil, acima do percentual total (4,3%). No entanto, os números mostram uma redução mais acentuada do trabalho infantil entre os beneficiários do programa.
Sobre Trabalho Infantil
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o trabalho infantil é aquele que é perigoso e prejudicial para a saúde e o desenvolvimento mental, físico, social ou moral das crianças e que interfere na sua escolarização.
O conceito considera critérios como faixa etária, tipo de atividade desenvolvida, número de horas trabalhadas, frequência à escola, realização de trabalho infantil tido como perigoso e atividades econômicas desenvolvidas em situação de informalidade.
(Sob supervisão de Marina Dias)