O
Em 2022, o Brasil registrou 16.262 suicídios, com uma taxa de 8 mortes por 100 mil habitantes, representando um aumento de 11,8% em relação ao ano anterior. Entre crianças e adolescentes de 10 a 19 anos, foram 9.954 óbitos, com 8.391 casos na faixa etária de 15 a 19 anos. As informações são da Agência Brasil.
Especialistas apontam que fatores como a ausência de redes de apoio familiar e escolar, pressões sociais e transtornos mentais não tratados contribuem para esse cenário. A psicóloga Victoria Bein destaca, ao portal de notícias Infobae, que a adolescência deveria ser um período de construção de identidade e vínculos, mas a fragilidade emocional tem se intensificado.
Além disso, o impacto das redes sociais é significativo, especialmente entre as meninas. A constante comparação e experiências de cyberbullying afetam negativamente a autoestima e aumentam os sintomas de depressão e ansiedade.
Para reverter essa situação, é essencial promover habilidades socioemocionais desde a infância, capacitar pais e educadores e implementar programas de prevenção emocional nas escolas. A detecção precoce e o apoio adequado podem reduzir significativamente os casos de suicídio entre jovens.
Onde buscar ajuda
Se você precisa de apoio ou conhece alguém que está passando por um momento difícil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece atendimento gratuito e sigiloso. O serviço está disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana, através do telefone 188, chat online e e-mail.
Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que inclui Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e outros serviços especializados em saúde mental; mais informações podem ser obtidas no telefone 136. Para emergências, o SAMU pode ser acionado pelo número 192, e a Polícia Militar pelo 190.