O corpo carbonizado, encontrado no imóvel utilizado como depósito clandestino de fogos de artifício, após a
O homem, que estava desaparecido desde a última quinta-feira (13), dia que ocorreu a explosão, é conhecido da Polícia Civil por envolvimento com grupos que soltam balões de maneira ilegal e foi réu em uma ação penal pela prática criminosa, mas foi absolvido pelo juiz em 2015.
Segundo a Polícia Civil, o imóvel onde ele morreu estava alugado há 40 dias. Adir havia alugado a residência e transformado em um depósito clandestino de fogos de artifício.
A Defesa Civil de São Paulo informou que 23 imóveis chegaram a ficar totalmente interditados por conta dos danos da explosão. Além de Adir Mariano, que faleceu no acidente, 10 pessoas ficaram feridas.
Na casa de Adir, policiais civis e agentes do Corpo de Bombeiros encontraram vestígios de diversos materiais que, em tese, estariam sendo utilizados na confecção de uma cangalha de balão.
A principal linha de investigação da polícia é de que ele manuseava os explosivos no momento do acidente. “Ele não tinha nenhuma autorização da prefeitura e de outro órgão público para armazenar equipamentos explosivos em uma área residencial”, destacou o delegado Filipe Soares, responsável pelas investigações.
Por conta da explosão, 23 casas foram interditadas preventivamente pela Defesa Civil. A explosão também danificou carros, derrubou motos, quebrou vidraças e causou um rastro de destruição na área residencial do bairro Tatuapé.
Vídeo flagra explosão que matou morador no Tatuapé, em SP: 'A janela voou'
— Itatiaia (@itatiaia) November 14, 2025
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Vítima já foi réu por soltura de balões
Apurações da CNN Brasil apontam que uma ação penal, na 4ª Vara Criminal de São José dos Campos, acusou Adir Mariano e outros cinco réus de associação criminosa e de soltarem balão capaz de provocar incêndios em vegetação ou áreas urbanas.
Segundo a investigação, os acusados soltaram o balão e acompanhavam a trajetória dele quando foram abordados pela Polícia Militar. O resultado do julgamento, em dezembro de 2015, foi a absolvição dos réus, incluindo Adir Mariano.
À época, o juiz fundamentou a decisão no artigo 386 aplicando a máxima “in dubio pro reo”, princípio jurídico que significa “na dúvida, a favor do réu”.
Embora houvesse indícios, como a localização dos acusados atrás do balão e ferramentas no veículo, o juiz entendeu que as provas não eram suficientes para comprovar a autoria do crime de soltar balão ou a associação para o crime.
Dez anos após ser inocentado, Adir é principal suspeito de ter causado a explosão que pode ter tirado a sua própria vida e deixado outras dez pessoas feridas.