Vídeo: com distintivo no peito, delegado baleado em megaoperação deixa hospital após 45 dias

Bernardo Leal foi baleado durante confronto armado, teve a perna direita amputada e deixou o hospital cercado por familiares

Vídeo: com distintivo no peito, delegado baleado em megaoperação deixa hospital após 45 dias

Após 45 dias internado, o delegado baleado durante a megaoperação no Rio de Janeiro que matou 121 pessoas, entre elas quatro policiais, recebeu alta neste sábado (13). Durante a troca de tiros com criminosos, Bernardo Leal foi atingido na perna direita, ficou em estado grave e precisou amputar o membro.

Em uma publicação nas redes sociais, Leal agradeceu à equipe médica e de enfermagem dos hospitais pelos quais passou e afirmou: “É difícil citar todos que me ajudaram e rezaram para que eu estivesse aqui, no seio da minha família”.

No vídeo, Leal aparece cercado por amigos e familiares ao deixar o hospital pela porta da frente, em uma cadeira de rodas, com o distintivo da polícia pendurado no pescoço. Ele estava internado no Hospital Samaritano, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

Durante o tratamento, Leal chegou a organizar uma vaquinha online, pois precisa de uma prótese avaliada em cerca de R$ 500 mil, que deve ser substituída a cada cinco anos. No entanto, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou que irá custear o equipamento, segundo o blog Segredos do Crime.

Megaoperação no Rio de Janeiro

A “Operação Contenção” foi realizada na terça-feira (28) de outubro, pelas forças de segurança do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha.

Foram confirmadas as mortes de 121 pessoas, incluindo quatro policiais, e a prisão de 113 suspeitos. É a ação mais letal da história da cidade.

Considerada a operação mais letal dos últimos anos, ela tinha como objetivo conter os avanços da organização criminosa. O principal alvo, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, não foi preso na ação.

Megaoperação combate o crime organizado na zona Norte do Rio | CNN Brasil

No início deste mês, a Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro divulgou um relatório no qual denuncia violações de direitos humanos a partir de relatos de moradores e familiares. Entre os relatos, familiares dizem que pessoas inocentes foram mortas ou presas, e mulheres afirmaram que foram assediadas por policiais.

A Ouvidoria-Geral é um órgão externo à Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.

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