Câncer de próstata: programa de MG vai oferecer 20 mil ressonâncias para identificar doença

Estado prevê mais de 20 mil ressonâncias no primeiro ano de implantação; novo exame custa mais de R$ 600 e será custeado integralmente pelo governo

Governo de Minas apresenta novo Protocolo Estadual de Cuidado da Próstata

O Governo de Minas anunciou, nesta terça-feira (18), um novo protocolo para o diagnóstico precoce do câncer de próstata. A partir de agora, homens com exame de PSA alterado terão direito garantido à realização de uma ressonância magnética, que passa a substituir, na maior parte das situações, o tradicional toque retal e o ultrassom.

O anúncio foi feito durante evento da campanha “Cuidar na Hora Certa”, no Mercado Central, em Belo Horizonte. Segundo o vice-governador, Mateus Simões,a mudança busca melhorar a precisão do diagnóstico e, principalmente, romper o estigma que ainda afasta muitos homens do exame preventivo.

“Estamos lançando uma alternativa que é clinicamente mais apurada, porque detecta nódulos menores, é não invasiva e retira esse estigma do toque”, afirmou. Ele destacou ainda que, embora o toque continue necessário em alguns casos, a ressonância é “muito mais precisa” para detectar alterações suspeitas.

O governo reforça que o câncer de próstata é uma “doença silenciosa”, de difícil identificação sem exames. “Temos certeza que a ressonância terá um efeito secundário muito positivo, porque retira do procedimento padrão de diagnóstico o toque”, completou.

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A expectativa é realizar mais de 20 mil ressonâncias já no primeiro ano. Cada exame custa mais de R$ 600, valor que será bancado pelo Estado.

Reação da população

A mudança foi bem recebida pelos mineiros que acompanharam a ação no Mercado Central. Para muitos, a novidade representa mais precisão e menos burocracia.

Ronaldo Reis da Silva, 67 anos, diz que o novo protocolo deve agilizar o atendimento: “Com certeza vai ajudar bastante. No posto de saúde demora muito, fica na fila e não resolve. A ressonância é ótima, tem que fazer mesmo.”

Já Paulo César, gerente de loja de 48 anos, admite que o estigma ainda é presente — e que a ressonância pode ajudar a superá-lo. “Eu fiquei super satisfeito. Querendo ou não, eu tinha esse preconceito bobo”, afirmou.

Para ele, o exame também deve reduzir a espera: “Vai ser de tamanha importância. No posto é uma demora completa. Vai ser excelente.”

Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.

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