O Governo de Minas anunciou, nesta terça-feira (18), um novo protocolo para o diagnóstico precoce do câncer de próstata. A partir de agora, homens com exame de PSA alterado terão direito garantido à realização de uma ressonância magnética, que passa a substituir, na maior parte das situações, o tradicional toque retal e o ultrassom.
O anúncio foi feito durante evento da campanha “Cuidar na Hora Certa”, no Mercado Central, em Belo Horizonte. Segundo o vice-governador, Mateus Simões,a mudança busca melhorar a precisão do diagnóstico e, principalmente, romper o estigma que ainda afasta muitos homens do exame preventivo.
- Leia também:
Novembro azul: diagnóstico precoce do câncer de próstata tem 90% de chance de cura Novembro Azul: Urologista fala sobre a prevenção ao câncer de próstata
“Estamos lançando uma alternativa que é clinicamente mais apurada, porque detecta nódulos menores, é não invasiva e retira esse estigma do toque”, afirmou. Ele destacou ainda que, embora o toque continue necessário em alguns casos, a ressonância é “muito mais precisa” para detectar alterações suspeitas.
O governo reforça que o câncer de próstata é uma “doença silenciosa”, de difícil identificação sem exames. “Temos certeza que a ressonância terá um efeito secundário muito positivo, porque retira do procedimento padrão de diagnóstico o toque”, completou.
A expectativa é realizar mais de 20 mil ressonâncias já no primeiro ano. Cada exame custa mais de R$ 600, valor que será bancado pelo Estado.
Reação da população
A mudança foi bem recebida pelos mineiros que acompanharam a ação no Mercado Central. Para muitos, a novidade representa mais precisão e menos burocracia.
Ronaldo Reis da Silva, 67 anos, diz que o novo protocolo deve agilizar o atendimento: “Com certeza vai ajudar bastante. No posto de saúde demora muito, fica na fila e não resolve. A ressonância é ótima, tem que fazer mesmo.”
Já Paulo César, gerente de loja de 48 anos, admite que o estigma ainda é presente — e que a ressonância pode ajudar a superá-lo. “Eu fiquei super satisfeito. Querendo ou não, eu tinha esse preconceito bobo”, afirmou.
Para ele, o exame também deve reduzir a espera: “Vai ser de tamanha importância. No posto é uma demora completa. Vai ser excelente.”