A Justiça de Minas Gerais revogou, nessa segunda-feira (22), a prisão preventiva de Aldo Santos Vidal, de 48 anos, acusado de abusar, matar e enterrar Eugênia Maria, de 66.
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Após o crime,
A revogação da prisão preventiva foi requerida pela Defensoria Pública (DPMG) e pelo Ministério Público (MPMG), com o argumento de que a medida cautelar é desnecessária por conta do estado de saúde do acusado.
Segundo relatório de um oficial de justiça, produzido em 1º de dezembro, Aldo está: “Acamado, não assina, não anda, não responde a perguntas, tem tremores nos pés e nas mãos. Está aparentemente sem condições cognitivas de compreender os atos processuais, com condição de saúde humana, física e mental, bem debilitada, com o olhar distante e sem foco visual claro”.
O juiz Elexander Camargos Diniz, da Vara do Tribunal do Júri e de Inquéritos Policiais da Comarca de Contagem, determinou a expedição de um alvará de soltura.
Em caso de alta hospitalar, o investigado terá que comparecer a todos os atos processuais e manter o endereço atualizado. Além disso, caso o estado de saúde permita, Aldo será monitorado por uma tornozeleira eletrônica.
Família da vítima reage
Em contato com a Itatiaia, familiares de Eugênia Maria afirmaram que receberam a notícia da revogação da prisão preventiva de Aldo Santos Vidal com “revolta”, “indignação” e “sentimento de injustiça”.
“Isso é revoltante. A nossa família pede justiça. Esse crime não pode ficar impune. Não é só pela minha avó, é por todas as famílias que sofrem quando a Justiça falha”, afirmou uma neta de Eugênia Maria.
“Estamos falando da minha avó, uma senhora idosa de 66 anos, que não tinha nenhum vínculo com esse homem. Ela foi brutalmente assassinada e enterrada nua. Até hoje, a família convive com dúvidas e dores que nunca serão apagadas. A gente não sabe o que ela passou, o que ela sofreu”, acrescentou.