Governo de Minas amplia ações de segurança digital com a campanha Fica ativo, sô!

Iniciativa orienta a população a reconhecer golpes virtuais nas compras on-line de fim de ano e reforça o uso de canais oficiais para denunciar fraudes e buscar ajuda

Com as pessoas cada vez mais conectadas, a época de festas de fim de ano virou sinônimo de comprar presentes pelo celular ou computador, aproveitando promoções e fechando pedidos em poucos cliques. Mas se o avanço dos meios de pagamento digitais facilitou o dia a dia, ele também abriu espaço para golpistas que exploram distrações e brechas de confiança. Nesse cenário, o Governo de Minas lançou, por meio da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) a campanha “Fica ativo, sô!” como estratégia de segurança nas festas de fim de ano, ao lado da Operação Natalina 2025. Enquanto o reforço policial ocupa as ruas e áreas comerciais, a campanha concentra esforços no ambiente virtual, onde golpes se espalham em silêncio, muitas vezes sem que a vítima perceba de imediato o que aconteceu.

O objetivo da campanha é incorporar a segurança digital às rotinas de cuidado já conhecidas, como trancar o carro ou guardar o celular e a carteira. As peças da campanha aparecem em redes sociais, painéis digitais, cartazes em pontos de grande circulação e em materiais distribuídos pelo estado, com linguagem objetiva e exemplos do dia a dia. A mensagem é dirigida a toda a população, mas com atenção especial às pessoas idosas, que costumam ser alvo de abordagens maliciosas e mensagens enganosas. A ideia é evitar o clima de medo e apostar na orientação: quanto mais informação, menor o espaço para fraudes.

Golpes digitais mais frequentes

Os golpes que a campanha “Fica ativo, sô!” busca combater têm um ponto em comum: exploram a pressa, distração e confiança. Um dos mais frequentes é o uso indevido do Pix. Criminosos enviam mensagens dizendo que houve uma transferência “errada” e pedem a devolução imediata, prometendo descontos se o pagamento for feito por uma chave específica ou criam histórias urgentes para que a pessoa não tenha tempo de conferir detalhes. Quando a transferência é feita, o dinheiro some em poucos segundos.

As promoções milagrosas em lojas on-line ou em links compartilhados por aplicativos de mensagem também preocupam. Sites falsos imitam visual de grandes redes de varejo, mudando apenas pequenos elementos no endereço eletrônico. Nestas montagens, o objetivo é capturar dados pessoais, números de cartão e senhas. Boletos adulterados seguem a mesma lógica: a página parece verdadeira, mas o código direciona o pagamento para outra conta.

Outro tipo de golpe que ganha força no fim de ano envolve falsos atendentes de instituições financeiras e empresas. O contato pode ocorrer por telefone, mensagem ou aplicativo, com uso de logotipos e nomes conhecidos. O criminoso se apresenta como um funcionário e pede instalação de aplicativos, envio de códigos de verificação ou acesso remoto ao celular, sempre com algum pretexto de “ajuda” ou “regularização” do cadastro. A partir daí, consegue movimentar contas, fazer empréstimos e compras sem autorização.

A campanha “Fica ativo, sô!” do Governo de Minas traduz essas situações em orientações claras. O objetivo é fazer com que o cidadão reconheça sinais de risco: pressa exagerada, promessa de vantagem muito grande, pedido de senha ou código, insistência para que o contato permaneça apenas em um canal de mensagem. Quando esses elementos aparecem juntos, a recomendação é interromper a conversa e buscar a confirmação diretamente nos canais oficiais.

Dicas práticas e canais de atendimento

O Governo de Minas reforça que a proteção começa com atitudes simples, que podem ser incorporadas à rotina de compras de fim de ano. Antes de fazer um pagamento, vale conferir com atenção o endereço do site e evitar links recebidos por mensagens ou redes sociais. Sempre que possível, é mais seguro digitar o endereço diretamente no navegador ou acessar a loja pelo aplicativo oficial. Uma postura cuidadosa também é necessária diante de anúncios que tentam tirar a negociação de plataformas conhecidas para conversas em aplicativos, como o Whatsapp, com promessas de desconto extra ou frete mais barato.

Na hora de escolher a forma de pagamento, a orientação é evitar Pix direto para desconhecidos e conferir se a chave realmente pertence à empresa em questão. Guardar comprovantes de pagamento e registros de conversas é uma maneira de facilitar eventual análise de fraude. No caso dos boletos, conferir se o nome do beneficiário e o CNPJ batem com o da empresa é um passo essencial para evitar surpresas.

Mas se apesar de todos os cuidados, o golpe acontece, a orientação é agir rapidamente. O registro de ocorrência pode ser feito presencialmente numa Base Comunitária Móvel ou pela Delegacia Virtual, que permite o preenchimento de dados pela internet, sem necessidade de deslocamento imediato. Em situações de emergência, o número 190 continua como principal canal para acionar a Polícia Militar. Já o 181 – Disque Denúncia – recebe informações anônimas sobre grupos e esquemas envolvidos em fraudes, contribuindo com as investigações.

Ferramentas tecnológicas também integram essa rede de proteção. Em casos de furto ou roubo de celular, a Central de Bloqueio de Celulares permite que o aparelho seja bloqueado na rede de telefonia móvel, diminuindo o interesse do crime nesse tipo de produto e preservando os dados do usuário. Já o serviço Emergência MG reúne, em uma única plataforma, o acionamento das forças de segurança, com possibilidade de envio de localização e imagens, recurso importante para agilizar o atendimento.

Ao lançar a campanha “Fica ativo, sô!” em conjunto com a Operação Natalina 2025, o Governo de Minas e a Polícia Militar de Minas Gerais mostram que a segurança no fim de ano passa tanto pela presença nas ruas quanto pelo cuidado com cada clique na tela. Informação, atenção e uso dos canais oficiais formam uma combinação que ajuda a proteger o bolso, os dados e a tranquilidade das famílias, para que as festas sejam lembradas pelas boas memórias, e não por prejuízos.

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