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Solto no Panamá, influencer suspeito de desviar R$ 146 milhões via Pix é preso na Argentina

Gabriel Spalone, dono de fintechs, estava foragido desde operação da Polícia Civil em São Paulo; caso envolve a mobilização de autoridades em quatro países

Solto no Panamá, influencer suspeito de desviar R$ 146 milhões via Pix é preso na Argentina

O influenciador Gabriel Spalone foi preso na noite de sábado (27) no Aeroporto Internacional de Buenos Aires, na Argentina, suspeito de desviar R$ 146 milhões via Pix. A prisão ocorreu após a inclusão do empresário na Difusão Vermelha da Interpol, informou a Polícia Federal (PF).

Segundo a PF, a ação foi coordenada pelo Escritório Central Nacional da Interpol, com apoio de seus escritórios nos Estados Unidos, Paraguai, Argentina e de um posto em Miami. Também participaram a Polícia Civil de São Paulo e autoridades dos quatro países envolvidos. Gabriel deve ser extraditado para o Brasil.

Spalone é dono das empresas Dubai Cash e Next Trading Dubai, que se apresentam como fintechs voltadas a pagamentos e investimentos, com promessas de atuação no Brasil e no exterior. O influenciador, que tem mais de 800 mil seguidores no Instagram, estava foragido desde terça-feira (23), quando a Polícia Civil de São Paulo deflagrou a “Operação Dubai”.

De acordo com o advogado Eduardo Maurício, Gabriel chegou a ser detido na sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional do Panamá, mas foi liberado em menos de 24 horas. Segundo ele, na ocasião, o influenciador não constava na lista da Interpol nem havia ordem de prisão internacional. Posteriormente, foi detido novamente em Buenos Aires, desta vez com inclusão considerada correta na Interpol.

O advogado afirmou ainda que Spalone não foi intimado para prestar esclarecimentos no inquérito.

Operação Dubai

Gabriel Spalone é alvo da Operação Dubai, na última terça-feira (23) pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil de São Paulo. Na operação, dois homens foram presos e cumpriram quatro mandados de busca e apreensão na capital paulista.

Segundo a polícia, os suspeitos usaram a credencial de uma prestadora de serviços para acessar dez contas de uma instituição bancária e desviar os valores em fevereiro deste ano, utilizando o Pix como meio de transferência. Parte do dinheiro desviado foi recuperado.

Os investigados devem responder por furto mediante fraude e associação criminosa.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.