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São Paulo cria protocolo para detectar metanol em bebidas; saiba como funciona

Procedimento inédito no país será compartilhado com outros estados que registraram casos de intoxicação

Com o protocolo, governo de SP afirma que não será necessário realizar o teste em todas as garrafas apreendidas para obter um resultado com 99% de confiabilidade

Um protocolo para detectar a presença de metanol em bebidas alcoólicas foi criado pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica de São Paulo.

Segundo o governo estadual, a iniciativa, nessa quinta-feira (9), é inédita no Brasil e já está sendo repassada para outros estados. É o que destaca o Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.

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“O Estado de São Paulo, por meio da superintendência da polícia técnico-científica, que é composta por profissionais extremamente capacitados, criou um protocolo para descobrir se as bebidas que foram apreendidas possuem ou não o metanol. Esse protocolo, que é mais importante, já foi disponibilizado para outros estados da federação, haja vista que vários estados já identificaram contaminações por metanol. Isso vai ajudar a salvar vidas”, afirmou.

A chefe da Equipe de Perícias Criminalísticas e Assistente Técnica da Superintendência, a perita Karin Kawakami, explica como funciona o protocolo.

“Primeiro a gente fez uma documentação sobre como tem que ser feita a amostragem, seguindo protocolos de estatísticas internacionais. Não precisa trazer todo o montante para fazer com 99% de confiabilidade. Por exemplo, de mil garrafas, eu só preciso de 43. Isso melhora a logística tanto da Polícia Civil, nas apreensões, como também para análise do laboratório. Segundo passo, a gente já passa todas as garrafas pelo núcleo de documentoscopia, que vai ver sobre lacre, selos, embalagem e rótulos. Já sai um resultado no mesmo dia e aí sim é encaminhado para química. No núcleo de química, a gente usa o Ramann, que é um equipamento portátil que permite a identificação se há metanol e outros componentes na bebida sem abrir a garrafa”, destacou.

O balanço divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado nessa quinta-feira (9) confirmou três novos casos de pacientes intoxicados com metanol. Agora, são 23 casos, sendo que cinco pessoas morreram.

Correspondente da Rádio Itatiaia em São Paulo. Ingressou na emissora em 2023. Começou no rádio comunitário aos 14 anos. Graduou-se em jornalismo pela PUC Minas. No rádio, teve passagens pela Alvorada FM, BandNews FM e CBN, no Grupo Globo. Na Band, ocupou vários cargos até chegar às funções de âncora e coordenador de redação na Band News FM BH. Na televisão, participava diariamente da TV Band Minas e do Band News TV. Em 2023, foi reconhecido como um dos 30 jornalistas mais premiados do Brasil.