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Miss Bahia morta: polícia diz que crime foi premeditado por amigo e que vítima pode ter sido dopada

Polícia Civil aguarda laudo de exame toxicológico da vítima; corpo de miss foi encontrado enrolado em uma lona na Região Metropolitana de Curitiba, no Paraná

A Polícia Civil do Paraná acredita que Marcelo Alves, que era amigo da Miss Teen Raíssa Suellen Ferreira da Silva, morta enforcada, premeditou o crime devido às marcas encontradas no corpo da jovem. A informação foi confirmada pela delegada Aline Manzatto, nesta terça-feira (10), em coletiva em Curitiba, no Paraná.

O fato de o suspeito do crime ter mentido em seu primeiro depoimento e a preparação da ocultação do corpo de Raíssa fazem com que a polícia acredite que o crime tenha sido premeditado.

“Ele tinha em mente desde então matar a Raíssa e ocultar esse cadáver, porque na delegacia ele havia dito que tinha muitas ferramentas e que usou para embalar o corpo. Porém, quando fomos à casa dele, nenhum desses materiais foram encontrados. Isso quebra o depoimento dele de que tudo naquele dia aconteceu por acaso, a gente vê que é uma premeditação e o argumento dele”, detalhou ela.

A delegada informou também que a lona usada no crime estava em bom uso, nova, e que isso também demonstra a premeditação. “Ele disse que a proposta de emprego apresentada a Raíssa era mentira. Ele queria aproximar a vítima até a casa dele. Então, todos os materiais são muito específicos para ocultação de cadáver”.

Ainda conforme a delegada, o caso agora é tratado como feminino, no qual a pena pode ser de 20 a 40 anos”. É muito mais do que só a asfixia”, completou.

O inquérito continua aberto e agora a PC aguarda o resultado do Instituto Médico Legal (IML). O corpo da miss foi encontrado enrolado em uma lona, em uma área de mata na cidade de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, no Pará.

Raíssa estava desaparecida desde o dia 2 de junho, porém na manhã dessa segunda-feira (9), o homem confessou aos policiais onde estava o corpo da jovem. O filho de Marcelo também está sendo investigado por participação no crime.

Polícia suspeita de que miss tenha sido dopada ou drogada

Ainda segundo a delegada, materiais foram colhidos pelo IML, entretanto não há lesões aparentes de que a vítima tenha sido abusada sexualmente. “Quem vai dizer isso é somente o resultado dos exames. Mas isso também rebate a tese de que a Raíssa poderia estar se prostituindo”, explica.

Agora, a polícia aguarda também o resultado de um exame toxicológico, devido à suspeita de que a jovem tenha sido dopada ou drogada, já que nenhuma marca de luta corporal foi encontrada no corpo de Raíssa.

“Ela pode ter sido dopada, quando foi morta. Isso depende dos laudos, mas a gente tem essa suspeita. Eles tiveram um encontro, um almoço pouco tempo antes. Por isso, foi solicitado o exame gástrico para saber o que ela ingeriu naquele dia”, finalizou ela.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.
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