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Hotéis na Favela do Moinho, em SP, eram usados para crimes do PCC, diz polícia

Rede hoteleira foi identificada como peça central em um esquema de tráfico de drogas, exploração sexual e lavagem de dinheiro comandado pela facção

O Ministério Público e a polícia de São Paulo descobriram, ao longo das investigações que resultaram em uma grande operação nesta segunda-feira (8), uma rede de hotéis na região central da capital paulista como peça central em um esquema do PCC.

As apurações conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) revelam que os locais, principalmente na Cracolândia, funcionavam não apenas como abrigos para usuários de crack, mas também como sede para atividades criminosas. Camareiros de alguns hotéis se tornaram integrantes da facção.

“O objetivo da operação foi cortar os canais que alimentam o crime organizado na região central da cidade. Os dependentes químicos e a população são vítimas desse ecossistema do tráfico. Queremos desidratar paulatinamente este movimento e devolver a região para as pessoas”, destacou o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, em agosto do ano passado após o fechamento de mais de 50 imóveis na região.

Ao todo, sete acusados de chefiar o tráfico de drogas na Favela do Moinho, no centro da capital paulista, foram presos nesta segunda (8). Durante os 14 mandados de busca e apreensão, 12 celulares foram apreendidos.

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O alvo principal da operação foi preso: Alessandra Moja, irmã do traficante Leonardo Moja, conhecido como Leo do Moinho, que chefiava o tráfico no local e foi preso no ano passado. Ela se apresentava como líder comunitária, mas, na verdade, agia para defender os interesses do irmão, integrante do PCC.

O grupo também exigia dinheiro de moradores que aceitavam deixar a comunidade para viver em imóveis oferecidos pelo governo.

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Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.