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Feijão envenenado: madrasta acusada de matar enteada vai a júri popular no RJ

Cíntia Mariano Dias Cabral responde pela morte da enteada Fernanda Carvalho e pela tentativa de homicídio do irmão da vítima, em 2022

Fernanda Cabral (enteada que morreu) à esquerda; no meio, Cíntia Mariano (acusada); à direita, Lucas Mariano (envenenado que sobreviveu).

A mulher acusada de matar a enteada com feijão envenenado será julgada nesta terça-feira (21), no III Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Cíntia Mariano Dias Cabral responde pela morte de Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, e pela tentativa de homicídio do irmão da vítima, um adolescente de 16 anos.

O caso aconteceu em março de 2022, em Realengo, na Zona Oeste da capital fluminense. O julgamento de Cíntia está marcado para as 13h. De acordo com as investigações, Cíntia teria colocado chumbinho na comida dos enteados, por ciúmes da relação deles com o pai, com quem tinha um relacionamento há seis anos.

À época, Fernanda passou mal após comer um feijão preparado pela madrasta e foi internada no Hospital Albert Schweitzer, onde morreu duas semanas depois. A morte foi tratada como súbita.

O irmão de Fernanda também passou mal depois de comer o mesmo prato na casa de Cíntia. Ele relatou à polícia que o feijão tinha gosto amargo e continha “pedrinhas azuis”. O adolescente sobreviveu após ser hospitalizado.

Corpo exumado

Após o depoimento do jovem, a 33ª Delegacia de Polícia decidiu então reabrir o caso. O corpo de Fernanda foi exumado e a perícia confirmou a presença de veneno no organismo da vítima. A médica Marina de Carvalho, que atendeu a jovem, afirmou em depoimento que, inicialmente, não suspeitou de intoxicação.

Cíntia foi presa dois meses após o crime, durante depoimento na delegacia. Ela tentou se suicidar após os investigadores recolherem amostras do feijão em sua casa para análise. Após se recuperar, teve a prisão decretada pela Justiça.

Na delegacia, a acusada permaneceu em silêncio. Um dos filhos, porém, afirmou à polícia que a mãe havia confessado o crime.

O júri popular vai decidir se Cíntia Mariano Dias Cabral será condenada ou absolvida pelas acusações de homicídio e tentativa de homicídio.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.
Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.