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Ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes sofria com ameaças desde 2019

Chefe do Ministério Público de São Paulo disse que ex-delegado morto nessa segunda-feira (15) já foi ameaçado com tiros

Procurador-geral de SP disse que ex-delegado-geral andava de “maneira tranquila”

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, disse que o ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, de 64 anos, assassinado nessa segunda-feira (15) após uma emboscada do Primeiro Comando da Capital (PCC), já sofria com ameaças desde 2019.

Segundo o chefe do Ministério Público paulista, nenhuma linha de investigação foi descartada, mas o crime aponta para um caso de vingança da organização criminosa. Em coletiva de imprensa, nesta terça-feira (16), Paulo Sérgio disse ainda que as autoridades vão reagir com inteligência e ação colaborativa.

“Eu tenho conhecimento que desde 2019 ocorriam ameaças contra o doutor Ruy, inclusive com tiros em algumas situações”, disse o procurador-geral.

“Neste momento, já aposentado e em outra atividade que não tem haver com a segurança, ele acabou sofrendo uma morte que indica vingança, retaliação. Estamos investigando se diz respeito a uma continuidade das ameaças anteriores, ou algo recente que aconteceu”, completou.

Ruy Ferraz Fontes foi emboscado ao sair da sede da Prefeitura de Praia Grande, no litoral paulista, no início da noite de segunda-feira. De acordo com informações do procurador-geral, o ex-delegado-geral andava de “maneira tranquila”, sem usar carro blindado. “Sem qualquer tipo de segurança na cidade”.

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Pela manhã, a Polícia Civil de São Paulo identificou um dos suspeitos do crime. Em entrevista à Itatiaia, o Secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, disse que a prisão do suspeito foi solicitada e que sua identidade será preservada para evitar fuga. Ele acrescentou ainda que o homem tem antecedentes criminais por roubo e furto.

“Nós vamos continuar realizando este trabalho. Os policiais estão nas ruas desde ontem, não pararam e não vão parar. Essas são as únicas informações que posso passar até o momento. Este suspeito está tentando fugir e precisamos preservar a identidade dele”, disse Derrite.

Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.