O empresário Rafael Renard Gineste, um dos alvos
Rafael é sócio administrador da F2 Holding Investimentos, no Paraná. Ele não havia sido localizado em um condomínio de luxo em Curitiba e acabou preso junto com uma mulher em Santa Catarina.
As imagens divulgadas pelo programa Fantástico, da TV Globo, mostram o momento em que o suspeito é rendido por policiais federais. A ação foi realizada na última quinta-feira (28).
Além dele, também foram detidos: João Chaves Melchior, ex-policial civil; Ítalo Belon Neto, empresário do setor de combustíveis investigado por sonegação desde 2001; Rafael Bronzatti Belon, dono da Tycoon Technology e do banco digital Zeit Bank; Gerson Lemes; e Thiago Augusto de Carvalho Ramos, empresário do setor de combustíveis em Curitiba.
Procurados pela Interpol
Outros oito suspeitos seguem foragidos e foram incluídos na lista de difusão vermelha da Interpol. Entre eles estão:
- Mohamad Hussein Mourad, conhecido como “João” ou “Primo”,
apontado como o “epicentro” do esquema. Ele já havia sido preso em 2010 por tentar subornar policiais, quando também foram apreendidas munições de metralhadora .50. - Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, considerado colíder.
- Daniel Dias Lopes, apontado como peça-chave por suas ligações com distribuidoras de combustíveis de Mohamad.
- Miriam Favero Lopes, esposa de Daniel e sócia de empresas envolvidas nas fraudes.
- Felipe Renan Jacobs, empresário do setor de combustíveis.
- Renato Renard Gineste, também empresário do setor de combustíveis.
- Celso Leite Soares, dono de empresa de cultivo de cana-de-açúcar no interior de São Paulo.
Entenda a Operação Carbono Oculto
Três grandes operações deflagradas na quinta-feira (28) revelaram um esquema bilionário comandado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis. A ação mobilizou cerca de 1.400 agentes e cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Segundo as autoridades, o grupo teria sonegado mais de R$ 7,6 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais.
As irregularidades foram encontradas em várias etapas da produção e distribuição de combustíveis. O PCC lucrava com fraudes que prejudicavam consumidores, empresários e toda a cadeia econômica do setor.
*Sob supervisão de Lucas Borges