Petroleiros encerram greve após 16 dias e aprovam novo acordo com a Petrobras

Base do Norte Fluminense foi a última entre as representadas pela FUP a suspender o movimento nesta terça-feira (30)

Na votação, o indicativo de suspensão da greve recebeu 446 votos favoráveis

Em assembleia realizada nesta terça-feira (30) no Teatro Municipal Trianon, os trabalhadores do Sistema Petrobras decidiram pelo fim da greve nacional iniciada no último dia 15 de dezembro. Com a aprovação do novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a base do Norte Fluminense foi a última entre as representadas pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) a suspender o movimento.

Na votação, o indicativo de suspensão da greve recebeu 446 votos favoráveis, 43 contrários e 6 abstenções. O encerramento ocorre após a categoria considerar que a nova contraproposta da companhia trouxe avanços significativos em relação ao texto anterior, que havia sido rejeitado por ser considerado “insuficiente”.

De acordo com análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o novo acordo contempla 83 mudanças, entre novos benefícios e ajustes redacionais. Apesar do retorno ao trabalho, a categoria aprovou a manutenção do Estado de Assembleia Permanente e do Estado de Greve. A medida visa pressionar a Petrobras a cumprir integralmente as cartas-compromisso enviadas ao sindicato durante as negociações.

Outro ponto ratificado na assembleia foi o desconto assistencial de 1% sobre o salário líquido, dividido em três parcelas, destinado ao Sindipetro-NF.

Retrospectiva do movimento

A greve de 2025 durou 16 dias e mobilizou centenas de trabalhadores nas sedes de Campos dos Goytacazes e Macaé. A rotina dos grevistas incluiu:

  • Concentrações diárias nas sedes sindicais.
  • Ações de convencimento realizadas no Heliporto do Farol e no Aeroporto de Macaé.
  • Pressão nas bases para garantir a adesão ao movimento nacional.

Em nota divulgada no início do movimento, a Petrobras havia reafirmado seu “respeito ao direito de manifestação” e a manutenção de um “canal permanente de diálogo com as entidades sindicais”.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde

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