O Banco Master teve sua liquidação decretada pelo Banco Central do Brasil (BC) nesta terça-feira (18) e sua gestão foi colocada sob regime de administração especial temporária pelos próximos quatro meses. O anúncio acontece um dia após o Grupo Fictor apresentar uma proposta de compra da instituição financeira e de forma concomitante à
A liquidação extrajudicial é um mecanismo adotado pelo
Os donos e gestores do Master foram afastados e seus bens ficam indisponíveis até a apuração de sua participação nos processos considerados responsáveis pela situação que motivou a liquidação do banco.
O Master entrou na mira da Polícia Federal por sua dificuldade em honrar compromissos e por falta de liquidez financeira. A empresa também estava no radar do mercado financeiro por falta de divulgação de balanços e por uma postura considerada agressiva na captação de recursos.
Em setembro, o Banco Central negou uma transação de R$ 2 bilhões em que o Banco de Brasília (BRB) compraria o Master. A decisão foi tomada na última etapa regulatória de um processo iniciado em março.
Prisão de Vorcaro
Daniel Vorcaro, dono do Master, foi preso na noite de segunda-feira (17) em São Paulo. Ele foi detido no âmbito da Operação Compliance Zero. Havia uma suspeita da Polícia Federal de que o banqueiro pudesse deixar o país para evitar uma eventual prisão.
A operação tem o objetivo de combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional (SFN). Ao todo foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 25 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal.
Negociação com o grupo Fictor
Na véspera da liquidação, a Fictor Holding Financeira anunciou que injetaria R$ 3 bilhões no Master. A operação seria feita por um consórcio que contava ainda com investidores dos Emirados Árabes Unidos.
A operação, embora anunciada e celebrada por ambas as partes envolvidas na transação, ainda estava sujeita à aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)