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Grupo criminoso que dava golpe do leilão online falso é desmantelado e 12 pessoas são presas

Prisões são fruto da operação Martelo Virtual deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais, em conjunto com as unidades do Paraná e de São Paulo

Doze pessoas foram presas nesta terça-feira (27) suspeitas de envolvimento com uma organização criminosa que atuava em oito estados brasileiros, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Tocantins, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul. O grupo aplicava golpes utilizando falsos sites de leilão de veículos e, assim, pegavam o dinheiro das vítimas que ‘compravam’ as motos e os carros.

As prisões são fruto da operação Martelo Virtual deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais, em conjunto com as unidades do Paraná e de São Paulo. Além disso, os oficiais também apreenderam 32 veículos, bloquearam outros 506, sequestraram 86 imóveis, bloquearam 1023 contas bancárias e apreenderam R$ 60 mil.

No total, as investigações indicam que o grupo fez 250 vítimas nos oito estados. Algumas delas tiveram prejuízos de quase R$ 200 mil. Ainda segundo a PC, apenas em 2024 a organização teria movimentado mais de R$ 18 milhões.

Como as vítimas caiam no golpe?

A fraude praticada pelo grupo consistia na criação de sites falsos de leilão de veículos, que simulavam portais legítimos. As páginas eram divulgadas por meio de anúncios pagos, o que aumentava a visibilidade em buscas na internet.

“A organização criminosa agia de forma extremamente organizada, com clara divisão de tarefas entre os seus membros. Para se ter uma ideia, havia os investigados que criavam os sites de leilões fraudulentos e impulsionavam esses sites nas plataformas como se fossem sites parecidos com os verdadeiros”, explica o delegado de polícia Civil em Frutal, João Carlos Garcia Pietro Júnior.

Ao acreditarem estar arrematando veículos em leilões reais, as vítimas eram encaminhadas para conversas por aplicativos de mensagens, onde finalizavam a suposta negociação e realizavam transferências via Pix para contas bancárias de terceiros. “Após a vítima depositar o dinheiro na conta de um terceiro laranja, entrava em cena outros membros da organização criminosa, que levavam esse laranja até o banco para sacar o dinheiro ou realizar a pulverização desses valores para outras contas bancárias”, informa Junior.

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Ana Luisa Sales é jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia desde 2022, já passou por empresas como ArcelorMittal e Record TV Minas. Atualmente, escreve para as editorias de cidades, saúde e entretenimento