Ouvindo...

Série histórica do IBGE mostra mães tendo filhos cada vez mais tarde

Ao todo, foram 2,6 mi de nascimentos registrados em 2023. Registros com mães de 30 anos ou mais tiveram um aumento de 39% em comparação com o início da série histórica, em 2003

A maior parte dos registros de nascimento em 2023 foi entre mães de 25 a 29 anos de idade

As mães estão esperando cada vez mais para ter filhos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) . Entre 2003 e 2023, a representatividade de nascimentos gerados por mães com 30 a 34 anos de idade aumentou de 14,6% para 21,0% do total de nascimentos. O número destaca um aumento de 39% dos nascimentos registrados entre o período.

Houve ainda a diminuição do número de registros de nascimentos gerados por adolescentes com até 19 anos de idade no Brasil, que variou de 20,9% em 2003 para 11,8% em 2023. O recuo é observado em todas as grandes regiões. Isso, apesar das proporções ainda expressivas, especialmente nas regiões Norte (18,7%) e Nordeste (14,3%).

No mesmo período, os registros de nascimentos gerados por mães de 35 a 39 anos de idade tiveram uma variação de 7,2%, em 2003, para 13,7%, no ano de 2023. A maioria dos registros de nascimento em 2023 foi entre mães de 25 a 29 anos de idade.

O percentual corresponde a 641.180 registros. Em seguida está o grupo de 20 a 24 anos. Apesar da colocação, o grupo apresentou um recuo de 31,1%, em 2003, para 25,5%, em 2013, decrescendo para 23,6%, em 2023.

Número de nascimentos caiu pelo quinto ano consecutivo

O número de nascimentos caiu pelo quinto ano consecutivo. A pesquisa aponta que, em 2023, o Brasil registrou 2,52 milhões de nascimentos no ano, uma queda de 0,7% em relação a 2022, quando 2,54 milhões de nascimentos foram registrados.

Com exceção do Centro-Oeste, que registrou aumento de 1,1%, todas as grandes regiões do Brasil registraram uma diminuição no número de nascimentos. Segundo o IBGE, entre as unidades da federação, 18 apresentaram queda. O destaque fica para Rondônia, que teve a menor queda, com -3,7%.

O estado é seguido pelo Amapá (-2,7%), Rio de Janeiro (-2,2%), Bahia (-1,8%) e São Paulo (-1,7%). Já entre as noves UFs que registraram alta, destacam-se o Tocantins, com 3,4% e Goiás, com 2,8%.

Ao todo, foram 2,60 milhões de nascimentos em 2023, sendo a maioria, cerca de 2,52 milhões, correspondente a crianças nascidas em 2023 e registradas até o primeiro trimestre de 2024, em conformidade com a legislação.

Apesar disso, 75 mil registros (2,9%) foram de nascimentos que ocorreram em anos anteriores ou em ano de nascimento ignorado. Desses registros, mais de 63% são de pessoas que residem nas regiões Norte e Nordeste.

Cerca de 87,7% dos registros de nascimentos no País, em 2023, foram realizados no prazo de até 15 dias. Já 98,8% em até 90 dias. As áreas com mais de 20% dos registros realizados após os 90 dias, se concentram em 16 municípios, sendo 12 deles da Região Norte, três ao estado do Piaui e um ao estado de Mato Grosso.

* Estagiária sob supervisão Enzo Menezes

Leia também

Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas