Um ano após passar quatro dias ilhado no telhado de uma casa durante as enchentes que devastaram o estado do Rio Grande do Sul, o cavalo Caramelo se recupera com saúde e atenção redobrada no pátio do hospital veterinário da Ulbra, em Canoas (RS).
Desde a
Recuperação após a tragédia
Com cerca de oito anos de idade, Caramelo
A recuperação foi rápida: em duas semanas, superou a desidratação, e em menos de dois meses ganhou 50 kg. Desde então, Caramelo se tornou figura pública, participando da abertura da Expointer, de eventos como o Acampamento Farroupilha e até de quadros televisivos. Hoje, a universidade mantém uma conta no Instagram dedicada a ele, com mais de 100 mil seguidores, e planeja construir um santuário permanente.
Abrigos ainda lotados
Apesar do final feliz de
Na sexta-feira (18), 803 cães e 75 gatos permaneciam acolhidos em 11 abrigos de Porto Alegre e Canoas, segundo sistema estadual de gestão de animais ( SisPetRS). Só em Canoas, 587 cães e 51 gatos vivem em oito instituições, que operam com 81% da capacidade.
Para lidar com a demanda, cidades afetadas aderiram a um programa emergencial estadual, que repassa R$ 108,85 mensais por animal para custeio de abrigo, castração, vacinação e microchipagem. Arroio do Meio, no Vale do Taquari, também iniciou o processo de adesão neste ano.
A tragédia animal vai além dos animais domésticos. Segundo relatório da Emater-RS, as enchentes causaram a morte de 1,2 milhão de aves, 17,2 mil bovinos e 14,8 mil suínos, além de 937,9 toneladas de peixes e milhares de caixas de abelhas.
Enquanto Caramelo virou um marco da superação da tragédia, muitos animais seguem desabrigados.
* Sob supervisão de Lucas Borges