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Ovo de Páscoa envenenado: adolescente de 13 anos morre e é a segunda vítima do crime

Irmão da menina, de sete anos, já havia morrido na semana passada devido ao envenenamento em Imperatriz, no Maranhão

Segunda vítima do caso, uma adolescente de 13 anos morreu nesta terça-feira (22)

A segunda vítima do caso envolvendo um ovo de Páscoa envenenado em Imperatriz, no Maranhão, morreu nesta terça-feira (12), por volta do meio-dia. A adolescente Evelyn Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, sofreu um choque vascular refratário associado a uma falência múltipla de órgãos.

A informação foi divulgada em boletim médico. Luís Fernando, irmão de Evelyn, havia morrido na última quinta-feira (17), também vítima do envenenamento.

A mãe dos dois, Mirian Lira Rocha, de 32 anos, está internada e foi extubada nesta terça-feira. Ela está estável e consciente, de acordo com o boletim do Hospital Municipal de Imperatriz, e deve receber alta nas próximas 72 horas.

A mulher chegou a passar mal após ser informada sobre a morte do filho, mas está tendo suporte psicológico na unidade hospitalar. Ainda não se sabe se ela já foi informada da morte da filha.

A Polícia Civil do Maranhão aponta que ciúme e vingança teriam levado Jordélia Pereira a envenenar um ovo de Páscoa e enviar para Mirian. A mulher foi presa na cidade de Santa Inês na última quinta-feira (17). Segundo as investigações, a suspeita não teria aceitado o fim de seu casamento e com o fato de o ex-marido estar se relacionando com a vítima.

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Em depoimento na Delegacia Regional de Santa Inês, Jordélia confessou ter comprado o chocolate, mas negou tê-lo envenenado.

“Os indícios levam a crer, através de vários pontos investigados, que o crime foi motivado por vingança, por ciúme, tendo em vista que o ex-marido da autora é o atual companheiro ou atual namorado da vítima, que foi envenenada juntamente com seus dois filhos”, disse o secretário de segurança do Maranhão, Maurício Martins.

“Há vários indícios que apontam claramente que essa mulher foi a autora do crime. A polícia vai continuar trabalhando para robustecer esses indícios e apresentá-la ao Judiciário, para responder por esse bárbaro crime”, completou.

À disposição da Justiça, Jordélia foi transferida, no domingo (20), para a Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís (UPFEM). Ela deve permanecer no presídio enquanto ocorrem as investigações.

Jornalista pela UFMG, Lucas Negrisoli é editor de política. Tem experiência em coberturas de política, economia, tecnologia e trends. Tem passagens como repórter pelo jornal O Tempo e como editor pelo portal BHAZ. Foi agraciado com o prêmio CDL/BH em 2024.