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Pais de amigas mortas em atropelamento na Grande SP comemoram prisão de motorista: ‘alívio’

Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa, ambas de 18 anos, morreram atropeladas na noite de quarta-feira (9), em São Caetano do Sul (SP); Justiça converteu prisão de suspeito em preventiva

Isabela e Isabelli

Os pais das jovens Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa, jovens de 18 anos que morreram atropeladas em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, comemoraram o resultado da audiência de custódia do estudante de direito Brendo dos Santos Sampaio, de 26, que dirigia o carro.

Nesta quinta-feira (10), a Justiça converteu a prisão em flagrante do motorista em preventiva. Ou seja, ele vai aguardar o julgamento na prisão. Ele é investigado pelo crime de homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.

“Foi um alívio. Inicialmente foi um alívio. A gente sabe que vão tentar um habeas corpus. A gente dorme um pouco mais tranquilo por saber [que ele vai permanecer preso]. Além da nossa dor, também dá um pouco de exemplo por demais que andam com veículo [em alta velocidade]”, afirmou Marcos Antônio dos Santos Regis, pai de Isabela.

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Câmeras de segurança flagraram o atropelamento

O atropelamento foi flagrado por câmeras de segurança da avenida. As imagens mostram as jovens atravessando a via na faixa de pedestres quando são atingidas por um carro em alta velocidade. Marcos revela que demorou a ter coragem de ver os vídeos do acidente. “Eu demorei muito para querer ver os vídeos porque estava muito abalado, eu não estava nem com forças para me revoltar”, disse.

“Queremos que ele continue preso. Ele destruiu duas famílias. O que a gente quer é justiça, que ele pague pelo que ele fez. Era minha única filha. Vim morar em São Caetano para dar uma condição de vida melhor pra ela, não para vê-la dentro de um caixão”, acrescentou.

Claudilene Helena de Lima, mãe de Isabelle, também também comenta o desejo de ver o homem que atropelou a única filha na prisão. A menina havia saído com a amiga para comemorar o primeiro emprego. Ela iria trabalhar como menor aprendiz em um supermercado e estava comemorando a conquista quando morreu.

“Queremos que ele continue preso. Ele destruiu duas famílias. O que a gente quer é justiça, que ele pague pelo que ele fez”, afirmou a mãe de Isabelle.

Os corpos das adolescentes foram velados em conjunto, na manhã desta sexta-feira (11), em São Caetano do Sul.

Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.